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Livro de Moita Flores no top de vendas

Apresentação oficial é dia 4 de Abil

O último livro de Francisco Moita Flores, A Fúria das Vinhas, é apresentado quarta-feira, dia 4 de Abril, mas já é líder de vendas.

A Fúria das Vinhas, o novo romance de Francisco Moita Flores, editado pela Casa das Letras (antiga Editorial Notícias), já está nos tops de venda das principais livrarias portuguesas. O livro é apresentado por Laborinho Lúcio, dia 4 de Abril no 7º andar do El Corte Inglés, em Lisboa. O livro é um dos melhores do autor e promete ser um dos melhores do ano. A Fúria das Vinhas conta a história da luta de Antónia Adelaide Ferreira, a Ferreirinha, contra a praga da filoxera que atacou no século XIX as vinhas da zona demarcada do vinho do Douro. Em pano de fundo ocorrem uma série de assassinatos que são investigados por um jovem advogado. O autor de Polícias Sem História e Em Memória de Albertina que Deus Haja escreve pela primeira vez um policial. Vespúcio Ortigão, um jovem advogado com fome de conhecimento e sede de uma nova justiça usa métodos de investigação revolucionários para a época (século XIX). O escritor põe no livro e particularmente neste personagem (uma espécie de seu alter-ego) todo o saber de ex-inspector da Judiciária e de criminologista. O medo apossa-se das gentes na sequência de crimes que alguém anda a praticar matando mulheres virgens nas encostas das vinhas do Douro. Vespúcio Ortigão é o herói que encontra o criminoso mas também é o filósofo seguidor do pensamento de Teófilo Braga e admirador de Antero de Quental. Um personagem que Francisco Moita Flores põe em discurso directo a dizer que “somos muito mais os herdeiros do passado velho e tenebroso do que das grandes vitórias do nosso passado recente e, até, do nosso presente”. Em momentos de desânimo Vespúcio Ortigão embebedava-se. “Celebrava a sua derrota, que era ao mesmo tempo a vitória do Portugal viscoso, sujo e ignorante”.A Fúria das Vinhas conta a história de uma mulher determinada a salvar uma região das garras da filoxera e de um jovem que luta contra o crime. À sua maneira as duas personagens exaltam todos os que não se conformam com o atraso endémico de Portugal. Francisco Moita Flores foi buscar à memória de outros tempos homens e mulheres que resistem e que dão sentido a Portugal. E todo o livro é percorrido por coisas que são muito queridas para o autor como os afectos e a humanidade. Exemplar é o facto de a Ferreirinha decidir que seja construído um hospital na Quinta de Vale de Meão apesar de desaconselhada pelos colaboradores mais próximos que lhe lembram que tal empreendimento lhe custará uma fortuna. “(…) a riqueza de uma família não é ter muitos palácios, muitas adegas, muitas quintas, grandes reservas de vinho. A grande fortuna é ter tudo isso e homens para tratar de todos os bens. De pouco me serve preocupar-me com a saúde da terra e não me preocupar com a saúde dos homens”.A Fúria das Vinhas é um livro cheio de poesia e de amor pela terra e pelo progresso. Quem gosta de ler um romance, com personagens familiares, não pode perder este novo livro de Moita Flores. Desde a leitura de Equador, de Miguel Sousa Tavares, que não líamos de autor português um romance que nos prendesse da primeira à última página. Este livro não só ajudará a fazer a história dos livros publicadas em 2007 como ficará também na história da literatura portuguesa.

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