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As brincadeiras que os amigos inventam para surpreender os casais no dia do casamento

As brincadeiras que os amigos inventam para surpreender os casais no dia do casamento

Quando os noivos chegam e a casa está do avesso

Noivos que encontram a cama cheia de açúcar, os talheres na mesa de cabeceira, o carro embrulhado em papel higiénico. Um casamento sem uma boa partida não é casamento nem é nada.

O dia do casamento é uma jornada de alegria para os noivos e de alegre brincadeira para alguns convidados. Ao fim do dia, manda a tradição que os noivos “sofram” com as tradicionais partidas. As brincadeiras que se fazem aos noivos não são coisa de agora. Que o diga o fotógrafo Alberto Silva que já fotografou centenas de casamentos e que no dia de do nó, em 30 de Julho de 1989, deparou com a sua bomba, um Opel 1900 GT preto com jantes amarelas, embrulhado em papel higiénico e com preservativos no pára-brisas que apesar de hoje serem utensílios corriqueiros na altura podiam ser um escândalo para os mais puritanos.Alberto Silva só deu pelo sucedido quando saiu do salão de festas no Cartaxo para ir para uma residencial na Portela das Padeiras (Santarém) para passar a noite de núpcias. O pior foi quando tentou tirar o carro do estacionamento e este não fazia marhca atrás porque o amigo que os tinha conduzido da igreja à festa tinha partido essa mudança da caixa de velocidades. Lá conseguiu chegar à residencial e estacionou a máquina de forma a poder sair sem fazer muitas manobras. No outro dia de manhã acordou com gargalhadas na rua. Eram caçadores que estavam hospedados no estabelecimento e que ao saírem para uma caçada não conseguiram suster o riso ao verem tão folclórica viatura. O camionista Sérgio Teodósio é conhecido como “o terror dos recém-casados”. Não há festa de casamento a que vá onde não deixe a sua marca, nem que para isso tenha que arregimentar outros convidados ávidos de confusão. Uma vez tirou os ovos do frigorífico do casal e colocou-os no aquário das tartarugas para serem chocados por estas. Essa nem foi a pior tropelia. Certo dia conseguiu arranjar a chave de casa dos noivos e com um grupo foi desencantar dezenas de despertadores antigos, daqueles que emitem um som estridente, irritante. Os aparelhos foram colocados em várias divisões da habitação, programados para tocar em várias horas ao longo da noite e madrugada. Foi uma noite de núpcias mais de desassossego do que descanso ou amor. Para Sérgio Teodósio o limite é a brincadeira que possa causar danos. De resto já fez de tudo. No casamento de um amigo deu uma escapadinha à tarde para lhe desenrolar doze rolos de papel higiénico pelas divisões da habitação. Isto para ir inovando nas brincadeiras, que também já incluíram preservativos cheios de água ou leite pendurados nos candeeiros, espalhados pela casa. Ou agarrar em todos os talheres da cozinha e metê-los nas gavetas das cómodas dos quartos ou das mesas-de-cabeceira. Sérgio só não alinha em brincadeiras de mau gosto, como a que viu fazer a um amigo seu a quem desaparafusaram os armários da cozinha que ao primeiro toque caíram e se partiram. Quanto ao resto, ao que ele designa por “javardice sem estragos”, diz que já é uma tradição que faz parte do casamento. “Se não houver uma boa partida dos amigos o casamento nem tem piada”, defende.
As brincadeiras que os amigos inventam para surpreender os casais no dia do casamento

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