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Prendas que são uma grande dor de cabeça

Prendas que são uma grande dor de cabeça

O jarrão fluorescente e a fritadeira industrial

Não fazer lista de casamento pode ser um grave erro. Os presentes dos convidados continuam a surpreender. Há quem ofereça jarrões fluorescentes e até fritadeiras industriais.

O casamento foi há oito anos, mas Cristina Sousa, 33 anos, nunca irá esquecer a prenda mais original que recebeu para assinalar a data: um jarrão cor de laranja fluorescente com um pano em xadrez na superfície. “Acabou por partir-se acidentalmente”, diz com um sorriso Cristina Sousa, 33 anos, residente em Alcoentre, Azambuja. A secretária garante que está a falar verdade. O jarrão foi colocado temporariamente na sala para receber a visita de uma vizinha antiga que lho tinha oferecido. “Andava a aspirar a casa, dei um puxão no fio do aspirador e o jarrão foi-se”, desculpa-se.A casa foi quase toda mobilada com a ajuda dos familiares dos noivos. Avós, pais e padrinhos ofereceram electrodomésticos e móveis além dos envelopes com dinheiro. Mesmo sem ter lista de casamento Cristina Sousa escolheu quase tudo quanto lhe entrou em casa. “Tenho uma amiga que não teve a mesma sorte. Até que ofereceram uma fritadeira industrial. Na brincadeira até dizia que o marido era gordo, mas não havia necessidade de exagero”, revela com humor.Maria Paulo, 50 anos, de Aveiras de Cima, Azambuja, administrativa, não recebeu uma fritadeira do tipo industrial, mas o recheio da “casa de bonecas” foi preenchido com a ajuda de familiares e amigos. Há 31 anos. Não há registo de prendas repetidas até porque a noiva ia dando indicação do que já tinha comprado, mas uma lembrança ficou para sempre na memória da noiva pelas piores razões. “Fiquei desiludida com a prenda dos padrinhos do meu marido. Eram pessoas muito finas, criei grandes expectativas em relação ao que nos iam dar e acabaram por oferecer copos de uísque e um balde do gelo”, confessa. O mesmo aconteceu a Luísa Maria, 48 anos, professora, que recebeu uma estatueta por parte de um familiar próximo. A prenda de casamento, que aconteceu há 25 anos, não desapareceu ou caiu acidentalmente, mas encontra-se num lugar esconso da casa. Uma balança de decoração, com pesos incrustados, que servia para os dois filhos brincar também foi oferecida por altura do matrimónio. Tal como uma terrina de loiça em miniatura dada por um amigo do noivo. José Vicente ainda se levanta para procurar a peça na sala de jantar, mas a tentativa é infrutífera. “Já se partiu há muito tempo”, justifica a mulher.Ana Rita Costa, 28 anos, professora, que deu o nó em 2003, ainda não quebrou nenhum dos presentes, mas parte das peças estão embrulhadas na garagem por falta de espaço no móvel da sala. Tudo porque um grupo de amigas ofereceu um conjunto de jantar sem perguntar à noiva se já tinha as peças. A professora entrou assim na nova vida de casada com dois conjuntos de jantar. “Acabo por utilizar os dois. Umas vezes usamos um tipo de pratos, outra vez outro”, diz a noiva que recorda com ternura o momento de abertura das prendas antes do casamento. Foi durante a manhã antes da chegada dos convidados a casa da mãe. E serviu como descompressão antes do agitado dia do casamento. Felizmente nem todos os presentes foram repetidos. O sistema de cinema em casa – a prenda de eleição – foi a promessa de uma vida mais animada. Para viver feliz para sempre…
Prendas que são uma grande dor de cabeça

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