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CDU acusa maioria PSD de boicotar decisões da Assembleia Municipal de Tomar

Coligação não deixa cair no esquecimento a questão das urgências hospitalares
A CDU de Tomar acusa os presidentes da assembleia municipal (Miguel Relvas) e da câmara (António Paiva) de não estarem a cumprir as decisões dos deputados municipais sobre a polémica redistribuição das urgências do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), que prevê a atribuição de urgências básicas aos hospitais de Tomar e Torres Novas e uma urgência médico-cirúrgica ao de Abrantes. A coligação liderada pelos comunistas vai mais longe e, em conferência de imprensa realizada quinta-feira, acusa os dois autarcas do PSD de estarem a tentar manipular o processo, de forma “a que seja esquecido” pela população. Em causa está o incumprimento do prazo de 5 dias dado pela reunião de líderes dos partidos com assento na assembleia municipal, realizada no início de Março, para que o presidente da câmara António Paiva e o coordenador da Administração Regional de Saúde (ARS), António Gomes Branco, elaborassem um documento final que estabelecesse “preto no branco” o que vai acontecer com os três hospitais do CHMT (Tomar, Torres Novas e Abrantes). O documento que Gomes Branco fez chegar à Comissão de Acompanhamento do Hospital (criada pela assembleia municipal) na semana passada não satisfez nenhum dos representantes partidários. A comissão reuniu e mandou para trás a carta do coordenador da ARS, com várias exigências: o documento deverá conter uma listagem exaustiva de todas as valências; deve definir as urgências médico-cirúrgicas para todas as unidades hospitalares; e deve manter apenas um nível de urgência para todo o CHMT. No documento inicial entregue na primeira reunião por António Gomes Branco aos líderes das bancadas partidárias da assembleia, podia ler-se que o funcionamento do CHMT seria “sediado, concentrado e polarizado em Abrantes”. “Consideramos isso inaceitável”, diz Bruno Graça, deputado municipal da CDU, “a não ser que eles troquem Abrantes por Tomar”, reforça em tom irónico. Os comunistas criticam ainda o presidente da assembleia municipal Miguel Relvas (PSD) por se ter comprometido a agendar uma assembleia extraordinária sobre saúde, que passado três meses continua por marcar. “É tempo de acabar com esta brincadeira. Com esta novela do hospital”, refere o deputado municipal da coligação comunista. Bruno Graça sublinha que não entende a actuação do PSD e acrescenta: “Jamais a CDU aceitará participar no processo, escondendo à população e mantendo a informação nos gabinetes”. A CDU critica ainda os processos de revisão do Plano Director Municipal (a assembleia tinha decidido por maioria criar uma comissão de acompanhamento, que ainda não existe) e a Carta Educativa de Tomar que terá que ser aprovada até final de Março (para não perder fundos comunitários) e que, segundo os comunistas, irá levar ao “encerramento de várias escolas do pré-escolar e do primeiro ciclo nas freguesias rurais”.

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