Jerónimo de Sousa inaugura centro de trabalho do PCP
“Ser deputado não é uma profissão nem um cargo vitalício” diz o político
“Assim se vê a força do PC”, gritou mais de uma centena de militantes e apoiantes do Partido Comunista Português na tarde de domingo à porta no novo centro de trabalho de Almeirim, inaugurado com a presença de Jerónimo de Sousa. Depois do almoço na terra da sopa da pedra os apoiantes comunistas seguiram com palavras de incentivo e bandeiras pelo centro da cidade até à rua das Faias. Entre beijos e abraços a apoiantes, Jerónimo de Sousa ficou a conhecer as novas instalações e salientou a força do partido, que em 2006 cumpre 86 anos de vida. “Este novo espaço de trabalho do PCP vem dar força ao partido em termos de organização, recrutamento e abertura à população. Demonstra que ao contrário do que se fala, em morte lenta ou anunciada, estamos cada vez mais a falar verdade aos portugueses, tanto na rua como na Assembleia da República”, sublinhou. Com críticas às políticas “injustas, de maior insegurança, desemprego e desigualdades sociais” do Governo de Sócrates, Jerónimo de Sousa disse ainda a O MIRANTE que o reforço do PCP em Almeirim, onde a coligação que lidera (CDU) esteve a 50 votos de eleger um segundo vereador e onde ganhou a freguesia de Benfica do Ribatejo, deve levar o partido a afirmar-se como alternativa aos socialistas.O espaço renovado do centro de trabalho do PCP em Almeirim vem substituir o espaço anterior degradado. Abrir o espaço à militância e à população é um dos objectivos da nova infra-estrutura que conta com um bar a explorar pela militância, sala de reuniões, e gabinetes, além de um terraço que irá permitir a realização de diversas organizações caso o tempo o permita. Segundo Rui Galveias, da comissão concelhia de Almeirim do PCP, a presença de Jerónimo de Sousa e o novo espaço são incentivos ao reforço do partido e, essencialmente, a abertura à comunidade almeirinense, à juventude e às bases. O líder comunista admitiu ainda ao nosso jornal que o litígio que opõe a deputada comunista eleita por Santarém, Luísa Mesquita, à direcção do grupo parlamentar é um problema, mas prefere não perder muito tempo com esse assunto. “Somos um colectivo e ser-se deputado não é uma profissão nem um cargo vitalício. Os mandatos devem estar à disposição do partido e não podemos ser iguais aos outros”, avisou. Recorde-se que Luísa Mesquita recusou ser substituída na Assembleia da República, como pretendia a direcção do grupo parlamentar em nome da renovação de quadros.
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