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Governo quer mais sites preparados para pessoas com deficiência

Governo quer mais sites preparados para pessoas com deficiência

Secretária de Estado, Idália Moniz, diz que Administração Pública tem que dar o exemplo

Inclusão Digital ainda está longe de atingir objectivos e os sites e portais portugueses não cumprem “acessibilidade mínima”.

A secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação quer uma maior acessibilidade dos sites na Internet para as pessoas com deficiência ou necessidades especiais. Idália Moniz defende que os mesmos devem estar preparados para aqueles cidadãos, nomeadamente os da administração pública. As declarações da governante foram feitas durante a apresentação dos resultados dos projectos de inclusão digital dos últimos dois anos."Não é de todo legítimo que todos os nossos portais e sites não cumpram a acessibilidade mínima", afirmou Idália Moniz, apelando ainda a uma maior massificação do acesso às novas tecnologias por parte da população deficiente ou com necessidades especiais. "Os projectos de inclusão digital trouxeram e trarão vantagens" quer nas instituições que os promoveram mas também porque "mudou a realidade quotidiana de um mundo de pessoas", afirmou Para a secretária de Estado, os projectos de inclusão digital ajudam a colocar quem tem necessidades especiais "num patamar de igualdade de acesso" com o resto da sociedade.Por outro lado, "a realidade portuguesa não é muito diferente dos parceiros europeus nesta matéria", considerou Idália Moniz, que comparou as dificuldades no acesso às novas tecnologias com as barreiras arquitectónicas existentes nas cidades.A secretária de Estado revelou ainda que irá estudar uma das propostas apresentadas por Francisco Godinho, da Universidade de Trás- os-Montes e Alto Douro (UTAD), que visa a formação sobre acessibilidade nos meios informáticos para professores da disciplina de Tecnologias da Informação e Comunicação."Acho extremamente pertinente", mas "teremos de fazer a sua avaliação", procurando saber quais "são os meios que temos para pôr à disposição" desse projecto, disse Idália Moniz que negou que os problemas orçamentais prejudiquem as acções em curso."Não existe constrangimento (orçamental) para o apoio às actividades que estão inscritas no plano de acção para a integração das pessoas com deficiência ou incapacidade", disse a secretária de Estado. "Está definido até 2009 o que é que iremos fazer, quais são os responsáveis e quais são os recursos", acrescentou a secretária de Estado.Na conferência, realizada em Leiria dia 2 de Abril, Francisco Godinho alertou para a necessidade da futura Televisão Digital Terrestre contemplar recursos técnicos e licenças que permitam a opção por acções de legendagem ou audio- legendagem nos programas. Nesse sentido, o docente, que integra o Centro de Engenharia de Reabilitação em Tecnologias de Informação e Comunicação da UTAD, revelou que já pediu um parecer à Entidade Reguladora da Comunicação Social sobre essa matéria.Por seu turno, Luís Magalhães, presidente da UMIC-Agência para a Sociedade do Conhecimento, sublinhou o crescimento em Portugal das tecnologias da informação, como são exemplos os elevados números de espaços Internet ou o crescimento dos acessos de banda larga, que já atinge 34 por cento dos lares.No entanto, esse crescimento tem-se localizado principalmente na população que frequentou o ensino superior, existindo um "enorme grupo" de cinco milhões de portugueses cuja "batalha pela inclusão (informática) tem de ser ganha", considerou Luís Magalhães.No que respeita aos projectos para a inclusão digital de pessoas com deficiência, Luís Magalhães fez um balanço positivo, considerando que os resultados já obtidos permitiram alargar o número de utilizadores das novas tecnologias nessa faixa da população.Já Manuel Heitor, secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, considerou que o acesso da população deficiente à sociedade da informação é cada vez mais uma "necessidade de bem-estar" que confere igualdade de cidadania a essa população.
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