Música e emoção na entrega do Prémio Carlos Gaspar
Acordeonista João Barradas e Grupo Desportivo foram os distinguidos em Samora Correia
Prémio distingue serviços relevantes na área do desporto e da cultura e homenageia um homem que marcou a vida associativista de Samora Correia.
Foi com uma casa cheia que o acordeonista João Barradas e os dirigentes do Grupo Desportivo de Samora Correia receberam na sexta-feira o Prémio Carlos Gaspar 2006. O homenageado foi um homem de cultura que dedicou uma vida ao associativismo e à biblioteca que ajudou a fundar na vila e a distinção pretende ser um reconhecimento e incentivo para personalidades individuais e colectivas que prestem serviços relevantes à freguesia. A cerimónia decorreu este ano num novo modelo, com um espectáculo dirigido para a entrega do prémio e o Centro Cultural de Samora Correia registou uma das noites mais emotivas e mais animadas da sua ainda curta existência. As honras de abertura foram para a Banda da Sociedade Filarmónica União Samorense composta por mais de quarenta jovens e um grupo de músicos experientes onde se incluem dois com mais de 50 anos de actividade musicam na SFUS. O maestro João de Lemos preparou com rigor um conjunto de peças e foi obrigado a prolongar o concerto dada a exigência dos aplausos de uma sala rendida ao som da banda.“A nossa banda está num grande momento”, comentou José Rodrigues, entre o público. A noite estava ganha, mas a segunda parte proporcionou também momentos altos. O primeiro foi a entrega do prémio Carlos Gaspar na categoria de revelação ao acordeonista João Barradas. Com 15 anos, o jovem de Porto Alto, é o melhor da Europa e vice-campeão do Mundo, na sua categoria. Soma sete títulos de campeão nacional e não quer ficar por aqui. “Agradeço este prémio e todo o apoio que me têm dado”, referiu depois de receber o galardão entregue pelos presidentes da junta e da assembleia de freguesia acompanhados do restante executivo. O auditório aplaudiu de pé o filho prodígio de Samora Correia e os pais, que também foram chamados ao palco, não evitaram a emoção. João Barradas presenteou o público com três peças cujas interpretações já foram premiadas e deixou a promessa de continuar a trabalhar para ser o melhor do mundo. Com os olhos postos no futuro o Grupo Desportivo de Samora Correia viu premiada uma caminhada de 32 anos recheada de êxitos. Pelo clube passaram milhares de jovens de duas gerações. O Prémio Carlos Gaspar foi, segundo o presidente da junta, um reconhecimento pelo trabalho efectuado na área da formação desportiva e pela forma como o clube projectou o nome da freguesia quando jogou na II Divisão Nacional e competiu com clubes de prestígio. Vítor Gomes-antigo jogador e actual director, filho do fundador do clube Francisco Gomes-e José Manuel Geada, vice-presidente receberam a medalha Carlos Gaspar e uma enorme ovação. “A partir de hoje teremos ainda maior responsabilidade”, referiu Vítor Gomes, agradecendo a distinção conferida ao seu clube de sempre. Se a entrega dos prémios foi o momento mais emotivo da noite, a música valorizou a gala com a cantora Dana-uma jovem de Azambuja que tem uma forma peculiar de cantar temas imortalizados aos quais deu nova roupagem- a dar um bom contributo. O timbre da sua voz associado à alma que coloca nas canções rompeu fronteiras e Dana editou um trabalho no Japão e tem tido várias participações na Europa. A noite terminou animada com o Conjunto Musical Aliança de Samora Correia a recordar as modas cantadas há mais de 40 anos quando fizeram furor nos palcos. Alguns músicos já tem mais de 80 anos, mas provaram que quem sabe nunca esquece e animaram cerca de três centenas de pessoas que lhes renderam aplausos calorosos.
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