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Iconómaco Serafim das Neves

Anuncio aqui, em primeira mão, que me ofereço voluntariamente para levar uma lapada da Elsa Raposo. Faço isto pelo Ribatejo. Pelos jornalistas da imprensa regional. Por todos nós. O orgulho regional tem que ser restabelecido. Não podemos permitir que a ex-apresentadora de televisão esteja a ser julgada em Santarém, na nossa casa, por ter dado um chapadão numa jornalista de Lisboa, durante um desfile de moda no CNEMA. É uma situa-ção discriminatória, vexatória e injusta. Só consigo admiti-la por distracção da Elsa ou falta de pontaria. Ou ela pensava que a agredida era destes lados, ou apontou para a cara de algum colega do Correio da Serra e a outra pôs-se à frente. Das duas, três!!Mas vamos ao que interessa. Ofereço humildemente a minha face para reparar o lapso. Ofereço a face e tudo o resto. Ela que bata onde quiser que eu não me importo. Um mártir é um mártir e eu quero ser martirizado. E não quero clemência. Uma Elsa Raposo inclemente dará muito mais prazer ao leitor comum na altura de ler a notícia das bolachadas que vou levar. Além do mais prometo não apresentar queixa. Quem leva da Elsa Raposo e em vez de ostentar com orgulho as marcas dos delicados dedos vai a correr fazer queixinhas não consta da minha lista de heróis do quotidiano. Prometo portar-me como um homem. E quero aparecer num vídeo na Aljazira a ser massacrado. Para servir de exemplo, pois claro. Estou agora a lembrar-me, o Presidente da Câmara de Santarém não quererá aproveitar o meu gesto para fazer mais um festival?? Não há uma dança qualquer chamada lambada??!! A coisa podia chamar-se “Dançando à lambada” se fosse do género popular ou chapadex 2007 se fosse tipo festival de Verão. Até podia meter DJs, por exemplo. E sempre era mais uma festa para a longa lista de realizações autárquicas. De Moita Flores nunca nenhum munícipe poderá dizer que não fez nada. Animação nunca falta. E nada melhor que uma boa animação para ultrapassar uma depressão. A Câmara pode estar falida mas não está triste. Pobretes mas alegretes, como diz o povo. Referes-te no último e-mail ao facto do deputado Miguel Relvas ter caído nas malhas do processo Apito Dourado. Era inevitável, Serafim. Inevitável. Ele aparece nesse processo e em todos os outros que meterem escutas telefónicas. Não acredito que possa ser feita uma escuta telefónica em Portugal sem apanhar uma conversa do Miguel Relvas. Só quem não o conhece é que pode duvidar do que digo. Aquele homem está sempre ao telemóvel. Não sei como é que ele consegue. Eu mesmo que quisesse não tinha tanta pessoa para melgar. Estou convencido que ele chega a ligar para números ao calhas só para não parar. Será um telefonador compulsivo?!!! Já não digo nada. Com tanta doença esquisita que há para aí… Um dia na Assembleia da República encontrei-o com três telemóveis nas unhas e os bolsos atafulhados de baterias. Parecia que ia para a guerra. Até lhe perguntei se não era melhor comprar uma cartucheira para meter aquela tralha toda. Já sabes, se leres notícias sobre escutas e não vires lá o nome Miguel Relvas a explicação é simples, o aparelho da Judiciária está avariado.E termino com umas palavras de apoio ao padre de Paialvo que escondeu os crucifixos das igrejas. Força Amigo Escudeiro. Não desanime que isto é um país atrasado. Liberte Cristo e olhe, se o continuarem a chatear liberte-se a si também. Carregar a cruz de um rebanho paroquial assim é demais para um homem só. Viva a vida. E se for para se martirizar que seja por algo melhor. Junte-se a mim e ofereça-se também para ser flagelado pela Elsa Raposo. Venha daí irmão! O Paraíso espera-nos!!Um abraço redentor doManuel Serra d’Aire

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