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Festas animam discussão das contas da Câmara de Santarém

Festas animam discussão das contas da Câmara de Santarém

As festas que a gestão de Francisco Moita Flores (PSD) tem promovido no concelho animaram grande parte da discussão dos relatórios de actividades e contas da Câmara de Santarém referentes a 2006. Os documentos foram aprovados com os votos favoráveis do PSD. Os 4 vereadores do PS abstiveram-se e o autarca da CDU votou contra.O vereador do PS Luís Batista considerou que face à difícil situação financeira que a autarquia atravessa devia haver mais contenção nas despesas relativas à oferta cultural, que atingiu os 938 mil euros. Embora desse montante 200 mil euros sejam ainda referentes a actividades realizadas no anterior mandato. Os socialistas criticaram ainda a baixa taxa de execução do Plano Plurianual de Investimento (cerca de 21 por cento).Posição semelhante teve a CDU que pela voz de José Marcelino criticou a maioria PSD por “não ter tido engenho, arte e coragem” para dar volta à situação, optando por uma “aposta no marketing” em detrimento de uma estratégia clara para reduzir as despesas correntes. Mencionou com preocupação o aumento das despesas correntes em 8,5% e também o facto de a receita arrecadada, uma das melhores dos últimos anos, não ter tido reflexo no abate do passivo, que pelo contrário subiu ligeiramente. A dívida do município inscrita nas contas anda na casa dos 50 milhões de euros.Os argumentos da oposição motivaram uma resposta enérgica de Moita Flores e também do vice-presidente Ramiro Matos (PSD). O presidente da câmara considerou que o montante gasto em cultura representa apenas 1,36% do orçamento total do município para 2006. E sublinhou que para ele se trata de uma aposta estratégica e não de um “gasto”, como o PS o definiu. “Nunca nos vamos entender acerca disso. O PS considera que 1,36% é um excesso de gastos na cultura. Eu acho que é um investimento decisivo. Vocês estragaram um ano de campanha contra mim por causa de 1,36%”, ironizou.Já Ramiro Matos explicou a baixa execução em termos de investimento com o fracasso da operação para antecipação de receitas da EDP, chumbada pelo Tribunal de Contas, cuja previsão empolou o orçamento de 2006 no lado das receitas. Estava previsto um encaixe na ordem dos 23 milhões de euros que se gorou. Mesmo assim foram realçadas algumas intervenções, como a correcção e conclusão das obras da Estrada Real no vale de Santarém, o jardim de Pernes, o adro de Casével, a climatização das escolas, o jardim dos Cravos e a realização de eventos de referência no concelho como o Festival do Alviela, os festejos de passagem do ano ou a gala de desporto.Quanto ao passivo, o titular do pelouro das Finanças salientou o esforço na liquidação de dívidas a 154 fornecedores que deixaram de ser credores da autarquia. E ainda a diminuição em 1,8 milhões de euros das chamadas “facturas em conferência” que transitaram de anteriores mandatos. Trata-se de despesas efectuadas que não tinham cabimentação orçamental e que o actual executivo tem vindo a incluir no orçamento de forma a regularizar essas situações.
Festas animam discussão das contas da Câmara de Santarém

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