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31 anos do jornal o Mirante

Isabel Marisa Serafim

33 anos, jornalista, Tomar

“Acho que temos um excelente sistema de saúde, quando comparado com o de outros países, nomeadamente de África. O nosso problema é que temos um país muito doente, que vive de aparências e falsos estatutos”

O 25 de Abril é uma data especial? Para mim é um dia muito especial porque significa a liberdade, sobretudo de expressão.Como é que o comemorou?Comemorei-o durante a madrugada, num bar em Tomar, a cantar músicas revolucionárias.E o 1 de Maio? Também comemorou?Esse feriado já não me diz tanto. Tive outras comemorações mais importantes para fazer…O estado do ambiente preocupa-a?Obviamente. Mas também acho que actualmente há mais consciencialização e, por isso, as pessoas estão mais civilizadas. No entanto, temos que continuar a lidar com a ignorância. Esse é o maior problema para o ambiente.Faz reciclagem?Não posso. No sítio onde estou a viver actualmente, Guiné-Bissau, esse conceito não existe.Costuma usar a Internet?Muito. Uso-a diariamente. Aliás, é essencial para a minha vida profissional e pessoal.Gosta de ler?Muito. Passo longas horas com os livros. O último foi “A Sibila”, de Agustina Bessa Luís. Já tinha lido antes, mas deu-me vontade de o reler.Usa algum transporte urbano? Qual?Quando estou em Portugal, uso o comboio quando vou a Lisboa. Na Guiné tenho motorista.Gosta dos mercados? Costuma frequentá-los?Não tenho outro remédio. Na Guiné só temos o mercado para fazer compras. Todos vão ao mercado…E quando está em Tomar, costuma fazer compras no comércio local?Vou às vezes. Mas, sinceramente, acho que está muito ultrapassado. Acho horrível que a principal rua de Tomar, a Corredoura, tenha lojas de chineses.Os direitos dos homens e das mulheres são iguais?Se estivermos a falar do ponto de vista legal, homens e mulheres são iguais. Agora na perspectiva socio-económica há uma óbvia diferença, nomeadamente a nível salarial.Já está a pensar nas férias de Verão?Claro. Estou a pensar ir a Veneza, voltar a Tomar e fazer um pequeno périplo por cidades angolanas.Qual é o seu programa de televisão preferido?Não tenho, porque não vejo. Acho que cada vez mais é um atentado à capacidade intelectual das pessoas.Concorda com a reestruturação das urgências desencadeada pelo Ministério da Saúde?Concordo. Até acho que temos um excelente sistema de saúde, quando comparado com o de outros países, nomeadamente de África. O nosso problema é que temos um país muito doente, que vive de aparências e falsos estatutos.Costuma sair à noite?Claro. Gosto de sair, mas aproveito para dizer que a noite em Tomar é uma porcaria. Há uma falta de bom gosto generalizada em termos de espaços físicos. Quer dizer, há uma excepção que é o café Paraíso. Alia o bom gosto da tradição à evolução dos tempos. E depois existem algumas pessoas. Essas sim, fazem com que valha a pena sair à noite em Tomar.

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