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Contas da Câmara de Almeirim aprovadas na assembleia municipal

Contas da Câmara de Almeirim aprovadas na assembleia municipal

Oposição criticou queda do investimento e aumento de subsídios a colectividades
O relatório de gestão e das contas de gerência de 2006 da Câmara de Almeirim foram aprovados por maioria na assembleia municipal de 30 de Abril apenas com os votos favoráveis dos deputados do PS. CDU, PSD e CDS-PP votaram contra. Por parte do PSD, João Lopes destacou pela negativa a escassez de formação profissional dos funcionários da câmara (3,65 horas/ano) e o nível de absentismo, gerado pela falta de acções de formação em higiene e segurança no trabalho no que respeita ao balanço social. O deputado mostrou preocupação pelo facto de o passivo da autarquia aumentar 35 por cento face a 2005 e criticou os constantes “balões de oxigénio” da câmara para compensar os prejuízos da empresa municipal Aldesc, “um sorvedouro de dinheiros públicos” na sua óptica. O presidente da câmara, José Sousa Gomes (PS) esclareceu que a Aldesc é uma empresa municipal que presta um serviço social, não tendo o lucro como objectivo. A par da execução orçamental baixa (59,8 por cento) em termos de investimento, os sociais-democratas criticaram ainda a subida das despesas com pessoal (5,5 por cento) bem como os subsídios a clubes e associações (mais 117 por cento) - “Cerca de 496 mil euros atribuídos sem critério para clubes e associações enquanto a acção social merece nove mil euros da autarquia”, comparou o deputado. Um valor também considerado significativo para o CDS-PP em “época de vacas magras”, sublinhou Maria Bernardina. Sousa Gomes justificou os subsídios a colectividades com os apoios destinados, em muitos casos, a escolas e a desportistas.A CDU também foi pelo caminho da crítica à gestão camarária. José Alfaiate constatou o aumento das despesas correntes (11 por cento) e a queda do investimento em 25 por cento. Críticas partilhadas por PSD e CDS-PP mas que Sousa Gomes disse estarem relacionadas com a conclusão de equipamentos e infra-estruturas no concelho. Lembrou ainda que se vive um período de queda de investimento público por parte do Governo, de transição entre quadros comunitários de apoio e de restrição à contracção de empréstimos. O deputado da CDU salientou o facto de a rubrica de fornecimentos e serviços externos ter subido 17 por cento e de dois empréstimos contraídos em 2006 e autorizados pela assembleia não terem sido utilizados. “O endividamento do município em mais 30 por cento compromete a realização de obra para os próximos anos”, estimou José Alfaiate.Questionou ainda a necessidade dos 75 mil euros gastos na fonte de S. Roque e no pórtico de Paço dos Negros e lembrou que o novo autocarro da câmara já está a ser pago pela autarquia em regime de leasing mas não se encontra ao serviço da população. Apesar das críticas aos documentos de prestação de contas de 2006, Sousa Gomes disse “ter orgulho na situação da Câmara de Almeirim” face ao que se passa noutros municípios da região.
Contas da Câmara de Almeirim aprovadas na assembleia municipal

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