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Lóbi regional nasce na região para defender aeroporto na Ota

Lóbi regional nasce na região para defender aeroporto na Ota

Movimento quer contrariar a má imprensa que o projecto tem vindo a sofrer

Na apresentação da associação foi referido que existe uma campanha de intoxicação da opinião pública contra a localização do aeroporto na Ota.

Autarcas, regiões de turismo e associações empresariais decidiram esta quinta-feira no Cartaxo formar um movimento cívico em defesa da construção urgente do novo aeroporto internacional de Lisboa na Ota (Alenquer). A abertura de espaços de reflexão, a elaboração de estudos e a expansão do conhecimento sobre o projecto são os principais objectivos da Associação Desenvolvimento e Novo Aeroporto (adnA) que integra 12 municípios dos distritos de Santarém, Leiria e Lisboa, representantes de associações empresariais e regiões de turismo.O presidente da Câmara do Cartaxo, Paulo Caldas (PS), considerou inevitável a criação de um “lóbi regional” que ajude a reforçar a posição do Governo e ao mesmo tempo contribua para o esclarecimento da opinião pública sobre as vantagens dessa solução para a região e para o país. Uma situação que leva também em conta a «má imprensa» que, segundo alguns autarcas, tem tido a opção Ota em detrimento de algumas localizações na margem sul do Tejo como Rio Frio e Poceirão.O presidente da Câmara de Santarém, Moita Flores (PSD), chegou mesmo a falar de uma “campanha de intoxicação” da opinião pública “vergonhosa” por parte de alguns órgãos de comunicação social que não quis especificar, apesar de ter sido insistentemente questionado. Falou em “favoristismos” e em informação “desequilibrada” e “injusta” para sublinhar não ter dúvidas de que há alguma comunicação social contra a solução Ota.O autarca escalabitano aludiu ainda a técnicos “comprometidos” que “assumem de forma hipócrita uma independência que não têm”, contrapondo que os autarcas têm toda a legitimidade para defender abertamente o que consideram melhor para a sua região porque foram eleitos pela população para isso mesmo.De entre os argumentos que levam à defesa da solução Ota relevou-se o de vir a servir cerca de quatro milhões de habitantes a norte do Tejo e beneficiar da concentração de "grande parte dos sectores empresarial e turístico", justificou Paulo Caldas. Para o autarca do Cartaxo, a criação do novo aeroporto na Ota permitirá criar "uma rede regional de desenvolvimento e uma verdadeira região aeroportuária".Henrique Neto, presidente do movimento Pró-Ota e vice-presidente da Associação Industrial Portuguesa (AIP), reforçou os argumentos. "A localização do novo aeroporto na Ota é aquela que melhor promove o país como um todo no plano da Europa, no plano da Península Ibérica e no plano Atlântico", afirmou o vice-presidente da Associação Industrial Portuguesa, admitindo que essa posição se deve também ao facto de a maioria da indústria nacional estar concentrada a norte do Tejo.O empresário disse também que, caso se opte por uma localização na margem sul, o Tejo será "uma barreira geográfica e económica". "O custo superior de construção do novo aeroporto de Lisboa na Ota é uma gota de água nos custos de transporte que temos de ultrapassar se se optar pela localização na margem sul", sublinhou Henrique Neto, aproveitando para informar que os representantes da adnA estiveram reunidos nessa manhã no Cartaxo com o secretário de Estado das Obras Públicas, que terá manifestado "a posição firme" do Governo em relação à opção pela Ota.Integram a associação os municípios de Cartaxo, Santarém, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Leiria, Ourém, Sobral de Monte Agraço, Rio Maior, Torres Vedras, Vila Franca de Xira, Azambuja e Cadaval. São ainda parceiros as regiões de turismo do Ribatejo, Templários, Leiria/Fátima e Oeste, as associações de municípios da Lezíria, Médio Tejo e Oeste e as associações empresariais de Santarém e Leiria.Na reunião de quinta-feira no Cartaxo foi constituído um directório composto pelos presidentes das câmaras do Cartaxo (Paulo Caldas) e de Vila Franca de Xira (Maria da Luz Rosinha), pelos vice-presidentes da AIP e José Eduardo Carvalho e Henrique Neto, e ainda por um representante da Região de Turismo de Leiria/Fátima e por Carlos Lourenço, da Associação de Municípios do Oeste.
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