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Ricardo Nuno Bico

57 anos, bancário aposentado, Vila Franca de Xira

“A construção duma passagem superior é urgente para que não tenhamos que lamentar mais vítimas na passagem de nível de Vila Franca.”

Tem medo de atravessar a linha do comboio?Tenho muito receio, especialmente com a minha mulher e a minha filha que todos os dias têm de apanhar o comboio. É preciso muito cuidado porque esta passagem junto à estação é muito perigosa.Qual será a solução para aumentar a segurança?A construção duma passagem superior é urgente para que não tenhamos que lamentar mais vítimas na passagem de nível de Vila Franca. Uma mãe foi detida quando tentava vender o filho em Vila Franca. O que pensa deste caso?É chocante. As autoridades devem continuar atentas aos que vendem bebés e crianças.Como é que vai acabar o drama da criança desaparecida no Algarve?Penso que vai acabar da pior maneira. Infelizmente, não tenho esperança de que a menina seja recuperada.Acha que houve um tratamento diferente por ser uma menina inglesa?Eu estava no Algarve e apercebi-me que houve uma actuação diferente, que se justifica tendo em conta a imagem do turismo. É uma vertente importante para a região e para o país e isso obrigou a que houvesse mais cuidado por parte das autoridades. No caso Joana, uma criança pobre e portuguesa, também houve o mesmo aparato e um grande envolvimento das autoridades.Ficou mais preocupado com a segurança das crianças?Tenho uma filha de seis anos e uma neta de quatro e fiquei muito mais atento aos seus passos. Não podemos facilitar, estou mais atencioso. Soube da notícia quando estava no Algarve e nunca tirei os olhos de cima da minha menina. Tem confiança na água da rede pública?Tenho tanta confiança que bebo todos os dias água da rede.Vila Franca de Xira é uma cidade segura?Tendo em conta a situação do país, ainda somos uma cidade relativamente segura. Saio à noite sozinho e acho que não há grandes complicações.O que é que faz mais falta na cidade?É a aproximação das pessoas para resolver os problemas da cidade. A comissão da comemoração dos 50 anos do UDV, de que fiz parte com mais 10 amigos, mostrou que isso é possível. Fizemos alguma coisa para unir os vilafranquenses e isso é muito importante. As quezílias e as divergências pessoais não podem prejudicar o desenvolvimento de Vila Franca.Acredita que abriram algumas portas para a união?Acho que sim. A federação das colectividades que pretendemos criar é um bom exemplo de que as coisas estão no bom caminho.O senhor é filho de um dirigente associativo e está há quase 50 anos ligado ao associativismo. O que é que o move no voluntariado?É o amor à minha terra, às minhas associações e colectividades. Sou sócio do União, do Ateneu e dos Bombeiros há quase 50 anos e sou sócio da maioria das colectividades. Fui fundador de algumas como o Cine-Clube Vilafranquense que já morreu. E morreu também o cinema em Vila Franca…Faz muita falta uma sala de cinema na cidade. Apoio a ideia do Ateneu de recuperar o cinema.O que pensa do museu do Neo-Realismo?Sou um adepto do Neo-Realismo, cresci culturalmente na secção cultural do UDV e aprendi muito com os neo-realistas. Fico feliz de Vila Franca ter um museu do Neo-Realismo, mas não gosto das características do museu e da sua localização. Com todo o respeito por essa escola de vida que foi o Neo-Realismo.

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