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Mário Laginha premiado em Vila Franca

Músico tem raízes em Salvaterra de Magos e costumava passar as férias de infância no Ribatejo

Mário Laginha arrecadou o prémio Carlos Paredes em Vila Franca de Xira. O músico, que costumava passar férias em Salvaterra de Magos, a terra do pai, sentiu-se em casa e elogiou a aposta cultural do município.

Um músico especial que faz chegar a música erudita de uso mais regular a um maior número de pessoas. Foi assim que a presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Maria da Luz Rosinha, se dirigiu a Mário Laginha o músico galardoado com o prémio Carlos Paredes, instituído pela autarquia há cinco anos. A distinção e um prémio pecuniário no valor de 2500 euros, que visa laurear a música instrumental de raiz popular portuguesa, foi entregue numa cerimónia realizada no Club Vilafranquense ao final da tarde de domingo.Apesar da contenção financeira a autarquia fez questão de manter um prémio que visa distinguir a qualidade evocando a figura de Carlos Paredes. Este ano, participaram oito nomes, mas Mário Laginha ocupou lugar de destaque com o trabalho “Canções & Fugas” e conseguiu a unanimidade do júri. A esta edição apresentaram-se oito candidaturas analisadas por um júri composto por José Jorge Letria, em representação da autarquia, Pedro Osório, da Sociedade Portuguesa de Autores, Ruben Carvalho, crítico musical e Pedro Campos, músico. “Vila Franca de Xira ao distinguir Carlos Paredes distingue todos aqueles que com a cultura ajudam a ultrapassar fronteiras e a navegar à descoberta de novos mundos”, referiu a edil, que lembra que o prémio já distinguiu outros músicos de nomeada, como Bernardo Sasseti. Maria da Luz Rosinha considera que circunscrever o prémio ao espaço do concelho seria redutor e haveria o risco de não ser atribuído todos os anos.Mário Laginha, que compareceu na cerimónia na companhia da mulher e do filho de meses, mostrou-se muito honrado com o prémio. “A Câmara de Vila Franca de Xira é uma câmara viva. Não são todas as câmaras que instituem um prémio de índole cultural. Com esta especificidade da música instrumental julgo que é a única”, salientou. O músico louva a atitude da autarquia que ao contrário de outros não se demite das responsabilidades de âmbito cultural.Mário Laginha sentiu-se em casa. Não só porque por lá já passou ao lado da cantora Maria João, mas porque conhece de perto as tradições ribatejanas. “O meu pai é de Salvaterra de Magos e era lá que eu passava as férias”, recordou.Nascido em Lisboa em 1960, Laginha é considerado um dos mais criativos músicos e compositores portugueses de jazz. A sua discografia inclui “Grândolas - Seis Canções e Dois Pianos nos Trinta Anos de Abril”, “Mário Laginha e Bernardo Sassetti”, “Undercovers”, “Chorinho Feliz”, “Lobos, Raposas e Coiotes”, “Fábula”, “Danças”, “Duetos” e o agora premiado “Canções & Fugas”. O músico Ricardo Rocha, vencedor da segunda edição do prémio, encerrou a cerimónia dedilhando a guitarra em homenagem ao homem que dá nome ao prémio.

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