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Cantora Jacinta desvenda história do Jazz e entusiasma crianças

Cantora Jacinta desvenda história do Jazz e entusiasma crianças

Iniciativa da Escoa Internacional de Línguas envolveu trezentas crianças do Cartaxo

Uma cantora de Jazz está habituada a improvisar. Talvez por isso, Jacinta nunca se atrapalhou com as centenas de crianças que teve pela frente no Centro Cultural do Cartaxo.

Foi um desassossego completo na plateia do Centro Cultural do Cartaxo quando a cantora Jacinta subiu ao palco. A finalista da primeira edição do programa “Chuva de Estrelas” da SIC, em 1993, e hoje uma das mais conceituadas cantoras de jazz do panorama musical português, foi convidada pela Escola Internacional de Línguas (EIL) a participar numa actividade extracurricular e nunca deve ter tido um público tão mexido à sua frente. A iniciativa da EIL, que envolveu os cerca de 300 alunos do agrupamento de escolas Marcelino Mesquita, do Cartaxo, vem no seguimento das actividades que a escola realiza frequentemente no âmbito do enriquecimento curricular no 1º ciclo. “O jazz é um tipo de música que, geralmente, está associado a uma elite. Muitas destas crianças tiveram hoje o seu primeiro contacto com a música jazz e adoraram os sons bastante ritmados”, disse a O MIRANTE, justificando a escolha.Depois de duas sessões muito participadas e divertidas com os mais novos, uma de manhã e outra de tarde, Jacinta explicou como iniciou a sua carreira musical. A cantora começou a cantar muito nova. Aos 4 anos já cantava música clássica e contemporânea. Começou por estudar música clássica em piano e composição e chegou a liderar um grupo de rock sinfónico onde cantava e compunha. Apaixonou-se pelo jazz quando o descobriu, aos 19 anos, e nunca mais quis outra coisa. “Sempre disse que queria ser cantora de blues e gostava de jazz apesar de não saber o que era. Quando descobri o jazz foi uma paixão assolapada que perdura até hoje”.A intérprete de blues que frequentou a Manhattan School of Music, em Nova York, EUA, confessa que Ella Fitzgerald, Sara Vogan, Billy Holliday foram três das principais cantoras de jazz que a influenciaram a seguir carreira. O primeiro disco de Barbra Streisand e um concerto da portuguesa Maria João marcaram-na profundamente e foi nessa altura que tomou a decisão de seguir carreira como jazzista.Jacinta considera fundamental a interacção com o público. “Os músicos de jazz, por vezes, isolam-se quando tocam mas, para mim, é essencial interagir com o público. Sem ele não somos nada”, salientou. Em Portugal o Jazz tem vindo a ganhar cada vez mais espaço e os concertos de Jacinta costumam esgotar. A cantora explica o êxito com a verdade e autenticidade daquele tipo de música. “Hoje em dia existe muita música “enlatada” que chega aos palcos já pré-feita e os artistas só têm que cantar por cima da música. Com o jazz a música é improvisada, feita na hora. As pessoas compreendem que estamos a criar cada nota a todo o momento”, explicou.A Escola Internacional de Línguas tem protocolos com agrupamentos de escolas de Santarém, Cartaxo e Lisboa no âmbito dos quais ministra aulas de inglês, música, educação física, ciências e matemática.
Cantora Jacinta desvenda história do Jazz e entusiasma crianças

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