A tradicional Festa do Bodo regressa a Azinhaga ao fim de quatro anos para animar a aldeia do concelho da Golegã durante quatro dias. De 24 a 27 de Maio cumpre-se um ritual que tem referências documentadas que remontam a 1596. Uma largada de toiros à corda na quinta-feira pelas 18h30 marca o início dos festejos que prosseguem nesse dia com a actuação do grupo musical Função Publika. A abertura oficial da Feira de Artesanato dá-se pelas 09h30 de sexta-feira, 25 de Maio. Pelas 10h00 inicia-se o cortejo na casa do juiz e procede-se depois à recolha do pão em casa dos mordomos com moça. À tarde, pelas 15h00, há um espectáculo infantil com palhaços e outras diversões. A largada de toiro à corda volta pelas 18h00 e a noite é dedicada ao fado com António Pinto Basto, Dulce Guimarães e João Chora a cantarem no Palco Jardim a partir das 22h00. No Palco Miradouro actuam os grupos musicais Declinius e Purple Rain. Cerca da meia noite começa a largada de toiros.Sábado continua a recolha do pão com início na Casa do Bodo pelas 09h30. Às 14h30 decorre a homenagem ao cagaréu e uma hora depois há entrada e largada de toiros. “El Chino” e os seus anões forcados protagonizam um festival cómico taurino no Campo Assunção Coimbra pelas 18h00. A noite é disputada pelo folclore e pela música moderna. No Palco Jardim dançam os ranchos Peixeiras da Vieira, Tá-Mar da Nazaré, Danças dos Velhos de Quelfes e Campinos da Azinhaga. No Palco Miradouro tocam os Hyubris e os RGA.O último dia começa com um passeio de cicloturismo pelas 10h00. O ponto alto dá-se pelas 14h00 com a procissão e cortejo de moças na capela do Espírito Santo e recolha da coroa na casa do juiz seguindo para a Igreja Matriz. Às 15h30 procede-se à bênção do Bodo, que será distribuído pouco depois. A Bandinha da Amizade anima a tarde e as festas encerram com um espectáculo de fogo de artifício pelas 21h30.Segundo se lê no livro de promoção das festas de Azinhaga, “o Bodo é o culminar das festividades realizadas entre os domingos de Páscoa e de Pentecostes em honra do Divino Espírito Santo e simboliza a partilha entre os homens. Em Portugal, foram D. Dinis e a rainha Santa Isabel os monarcas inauguradores deste cerimonial religioso”. Segundo reza a tradição, a primeira cerimónia deste culto realizou-se na Sé de Coimbra. No país há outras manifestações semelhantes, cujo expoente máximo será a Festa dos Tabuleiros de tomar, que se realiza igualmente de quatro em quatro anos.