Em Maio de 2003 vim morar para o Entroncamento. Passados uns dias comecei a notar que a água era amarelada e cheirava a ferrugem. Ainda cheguei a pensar que fosse por a casa ter estado fechada uns tempos, mas não. Como a casa pertence ao Bairro da Coferpor (Cooperativa dos Ferroviários de Portugal) resolvi entregar amostras da água na cooperativa na Câmara Municipal. O piquete dos Serviços Municipalizados veio ao prédio, tirou o contador e encheu uma garrafa de água. Claro que à vista parecia límpida.No dia 30 de Outubro de 2003 saiu um artigo em O MIRANTE sobre este caso e outros. O senhor Presidente da Câmara, Jaime Ramos dizia na altura: “Só no prédio em referência se verifica o problema”. Parecia assim, mas não é verdade.Mandei pôr canos novos dentro da minha fracção e no ano 2006 foi posta canalização nova desde a torneira de segurança na rua até à entrada de cada fracção do prédio. As melhoras foram zero. Os canos retirados, realmente eram só calcário. E os da via pública, como estarão? Eu fiquei com filtros à entrada da minha fracção mas o pior de toda esta solução é de ter que andar a lavar os filtros de 15 em 15 dias. Afinal onde está o problema? Será fácil descobrir, não é verdade? O problema está nas canalizações que levam a água até ao prédio, claro. No artigo de O MIRANTE também era dito que ia ser feita uma análise que, pelo que sei, nunca se chegou a realizar. E o ano 2007 trouxe-nos um aumento na água inacreditável. No meu caso é de 61,78%.Fernando Arrabaça Lopes