uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

Mais de 50 ranchos folclóricos de todo o país dançam em Benavente no Dia de Portugal

Cinquenta e dois ranchos de todo o continente são esperados no dia 10 de Junho em Benavente. É uma das maiores festas do género em Portugal e espera 10 mil pessoas.

Vêm de várias regiões, desde o Minho ao Algarve, e partilham o gosto pelo folclore e a etnografia. São mais de 10 mil pessoas que são esperadas no Dia de Portugal, em Benavente. Só folcloristas trajados a rigor, a organização estima receber 2600. A vila ribatejana foi a escolhida para a festa do programa “O Povo a Cantar”, que há 13 anos promove o folclore nas manhãs de domingo na Rádio Iris FM, em 91.4 FM. É a partir dos estúdios em Samora Correia que se projectam as modas e as conversas sobre folclore para as regiões do Ribatejo, Alto Alentejo Oeste e Grande Lisboa.Arlindo Gomes dos Santos, um homem da Bairrada, radicado no Cartaxo, é o timoneiro deste projecto de defesa da cultura popular a que chamou “Festa Folclore e Amizade” e que vai já na sua quinta edição. “É o gosto pela preservação da etnografia e do folclore que me move”, explicou a O MIRANTE, o mentor da iniciativa.A concentração dos mais de 50 ranchos, terá início às 09h00 da manhã na zona ribeirinha de Benavente onde estão instalados dois palcos para que os 52 ranchos possam actuar sem quebras de tempo. É uma maratona de folclore que começa às 09h00 e se prolonga pela noite fora. Só termina quando todos os ranchos tiverem dançado.Para anunciar a festa, o Grupo de Bombos e Zés Pereiras Amarantinos, sedeado em Vialonga, vai percorrer as ruas da vila de Benavente a partir das 09h00 e durante toda a manhã. A escolha da vila teve em conta o forte apoio da junta de freguesia, câmara e Rancho Típico Saia Rodada que colaboram na organização. Arlindo Santos destaca o envolvimento de mais de 50 pessoas na preparação e acompanhamento do evento que tem um orçamento de 7500 euros. “Este valor não inclui o trabalho voluntário de dezenas de colaboradores e as despesas de promoção e divulgação”, refere.E para alimentar tanta gente, a organização segue o modelo anterior do piquenique. São distribuídas sardinhas, frangos, carne de porco, pão e bebidas e cada grupo trata do seu petisco. “É a solução mais simples”, frisa o organizador.O objectivo do locutor e crítico de folclore é juntar a imensa família que foi criando ao longo de quase 20 anos de dedicação ao folclore. “A festa é um convívio de amigos que têm em comum o amor pelo folclore”, explica.O especialista que nunca dançouArlindo Santos nunca dançou, nem sequer se trajou, e aproximou-se do folclore “por acidente”. Era locutor na Rádio Voz de Alenquer e foi chamado de urgência para substituir o apresentador do programa “Ronda Folclórica”. Mordido pelo bichinho não mais largou o folclore e o seu programa na Rádio Íris já tem 13 anos consecutivos. A festa do folclore, que se realiza de dois em dois anos, já reuniu 225 ranchos nas quatro edições realizadas em Santarém, Cartaxo, Azambuja e Samora Correia. “É a maior festa do folclore do país”, garante o crítico que fica enfurecido quando alguém tenta difamar o folclore.

Mais Notícias

    A carregar...