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Tirou o curso de produção agrícola mas optou pelo mundo das máquinas

Tirou o curso de produção agrícola mas optou pelo mundo das máquinas

José Miguel Ramos é gestor de produto de equipamentos de movimentação de terras

O profissional está há seis anos na empresa e actualmente tem de dar apoio à rede de vendedores por todo o país.

Nunca sonhou com o queria ser quando fosse grande porque ao longo do tempo foi-se apercebendo que ia tendo jeito para um pouco de tudo. Talvez seja essa a razão pela qual José Miguel Ramos, 34 anos, tirou um curso de produção agrícola na Escola Superior Agrária de Santarém mas é hoje gestor de produto de máquinas de movimentação de terras e para obtenção de inertes na Centrocar, Alverca.Ao contrário do que se possa pensar, o curso agrícola foi uma mais valia para a sua actividade actual. “Foi como uma formação geral, em que aprendi matemática, química, biologia, fiquei a saber como funcionam máquinas, tractores, motores, embraiagens. Por isso não me foi difícil olhar para uma máquina e saber o que ela faz”, justifica.Como gestor de produto, José Miguel Ramos tem de dar apoio à rede de vendedores da empresa por todo o país e, por consequência, ao cliente. Máquinas de movimentação de terras (escavadoras, carregadoras de rodas, mini-carregadores e mini-escavadoras) e para obtenção de inertes em pedreiras, areeiros, reciclagem de demolições e construções fazem parte do seu mundo. A sua aprendizagem tem sido constante, proporcional à subida na empresa. Começou como vendedor, depois começou a dar formação a vendedores. Esteve no sector de marketing da empresa e mais recentemente assumiu funções como gestor de produto da Terex Finlay. Está na empresa há seis anos. A partir de uma conversa durante a Feira Nacional de Agricultura, em Santarém, falou com o chefe da empresa para a qual entrou pouco tempo depois.“Não estava contente com a empresa que tinha criado de construção e manutenção de jardins quando acabei o curso de produção agrícola na Escola Superior Agrária de Santarém. Arranquei com o negócio e não tinha fundo de maneio. O próprio clima não ajudou com um Inverno difícil”, recorda.O sector da construção civil e obras públicas, os areeiros e as pedreiras são clientes da empresa que José Miguel Ramos tem de acompanhar, mas a Centrocar também explora esses equipamentos em todo o país. A função como gestor de produto faz José Miguel Ramos saltar as fronteiras do país e do continente. Angola impressionou-o como país de contrastes mas no qual viu muita gente que quer trabalhar e levar o país em diante. É em países de grande expansão em matéria de construção, como a Roménia, Mauritânia, Marrocos ou Brasil que empresas como a Mota-Engil ou a Lena vão à procura dos grandes projectos. A Angola volta em Julho. “Vou apoiar o arranque de britadeiras móveis e apoiar a instalação de máquinas de lavagens de inertes” refere. A presença em feiras internacionais como Munique, Paris e Saragoça justifica-se para ver equipamentos e novidades do sector, falar com fabricantes, analisar a concorrência e mostrar a empresa aos fabricantes. Nesses locais costuma ficar o fim-de-semana de destino para conhecer melhor o que o rodeia.José Miguel Ramos considera que está no caminho certo em termos profissionais. O horário de trabalho rege-se em função do apoio ao cliente e o ano passado recorda-se de ter feito um bom negócio. “Atinge-se ou ultrapassam-se objectivos mas no ano seguinte tem que se andar para a frente”, acrescenta. Aborrece-se particularmente quando não se veste a camisola, sabendo que a parte comercial de uma empresa tem de puxar pelo resto. Casado e pai recente, diz que a família reage bem às suas ausências por solicitações profissionais mas reconhece que custa estar longe quando o tempo passa a correr.
Tirou o curso de produção agrícola mas optou pelo mundo das máquinas

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