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Socialistas acusam Moita Flores de boicotar Feira da Agricultura e Águas do Ribatejo

Socialistas acusam Moita Flores de boicotar Feira da Agricultura e Águas do Ribatejo

Autarca diz que privilegia princípios que não existiram nos últimos trinta anos em que PS geriu a câmara
A Comissão Política Concelhia de Santarém do PS acusa o presidente da câmara, Francisco Moita Flores, e o PSD, de privilegiarem uma política de abertura de conflitos e guerras públicas desde o início do mandato. São para os socialistas exemplos dessa maneira de agir as relações com a Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo (CULT) e com o Centro Nacional de Exposições (Cnema), cujo último episódio é o “boicote à Feira Nacional de Agricultura (FNA) e Feira do Ribatejo”.O presidente da Câmara de Santarém responde à letra e diz que as críticas do PS revelam falta de imaginação e lucidez de quem sempre desprezou os interesses de Santarém. Moita Flores refere que os socialistas não entendem que a sua acção privilegia princípios de legalidade e de autoridade, como nunca existiu no concelho em 30 anos de poder do PS.O ataque à FNA é apelidada de “grave” pelos socialistas, que lembram os convites feitos pela câmara à instalação gratuita de expositores, tasquinhas e bares na festa organizada junto à praça de touros. E que decorre em paralelo com a Feira de Agricultura. “A câmara é accionista do Cnema e deve ter interesse em que a sociedade tenha lucro, com benefícios para Santarém. Porque se opta por realizar uma feira nesta altura quando há mais 50 semanas para o fazer?”, deixou no ar o vereador socialista Rui Barreiro.Na conferência de imprensa de balanço do mandato autárquico em Santarém, o líder da concelhia, deu exemplos do que considera ser o interesse pela propaganda e imagem da maioria em vez dos interesses da população. Segundo Joaquim Neto, que é também vereador, o PSD e Moita Flores destruíram a empresa intermunicipal Águas do Ribatejo, primeiro a boicotá-la e depois a abandoná-la. E avisou que Santarém corre o risco de perder milhões de euros de fundos europeus, como consequência directa do atraso nos investimentos em saneamento básico em mais de 18 meses. Lembra Moita Flores, a propósito da polémica com o Cnema, que a autarquia quer rentabilizar o centro de exposições como espaço de Santarém, integrado nos interesses mais vastos da cidade. E que o programa de animação organizado pela câmara tem como objectivo a promoção simultânea de ambos os eventos como forma de atrair mais visitantes. Daí os mil bilhetes comprados pela câmara para distribuição. As críticas do PS vão também para o corte com projectos que estavam a ser lançados no anterior mandato, como a requalificação do antigo campo da feira, do jardim de Sá da Bandeira, bem como dos planos de pormenor de S. Francisco e Cerca de S. Lázaro. Ou do projecto de requalificação do jardim das Portas do Sol, que estava avaliado no anterior mandato em 1,8 milhões de euros. “A maioria alegou que era dispendioso e vemos agora que após a sua alteração se apresenta uma verba de 1,7 milhões. Não será certamente por esta diferença”, analisou Joaquim Neto. O PS quer saber o que é feito do estudo do professor Nunes da Silva para a cidade e não perdoam o “esquecimento” da maioria PSD na luta por mais um nó de acesso à auto-estrada no concelho. Moita Flores lembra a propósito destes temas que todas as explicações foram dadas na câmara. Garantiu que as obras nas Portas do Sol vão avançar, assim como um novo complexo desportivo. “Oitenta por cento do meu mandato tem servido para corrigir erros anteriores”, acrescenta.
Socialistas acusam Moita Flores de boicotar Feira da Agricultura e Águas do Ribatejo

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