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Daniel Dias

Daniel Dias

30 anos, Professor, Vialonga

“A mim não me faz diferença onde fica o aeroporto. Penso é que devem ser feitos todos os estudos para garantir que a decisão que se tomar tem o mínimo de impacto ambiental possível.”

Enquanto professor, como encara o actual estado do ensino em Portugal?Há dois discursos. Há os bons profissionais do ensino que tentam fazer o seu melhor para formar cidadãos conscientes. E depois há o lado mau, a nível das condições profissionais e da empregabilidade dos docentes. Por exemplo, a questão dos três anos que não se aplica aos professores contratados, ou a muito poucos, e que dificulta o seu trabalho porque todos os anos têm que estar a mudar de escola. Outro dos problemas é a constante mudança da legislação que diz respeito à contratação de docentes e que afecta não só os professores mas também a própria escola.O debate sobre a localização do novo aeroporto está na ordem do dia. Tem uma opinião formada sobre o assunto?A mim não me faz diferença onde fica o aeroporto. Penso é que devem ser feitos todos os estudos para garantir que a decisão que se tomar tem o mínimo de impacto ambiental possível. Apesar de inicialmente tender para a Ota, temos que pensar não só na distância geográfica mas também na distância-tempo e na distância-custo.Desde que se começaram a ouvir histórias de fraudes com os cartões Multibanco, passou a ter algum receio quando utiliza o seu?Não, não tenho receio nenhum. Utilizo muito o cartão Multibanco, tanto no país como no estrangeiro.E em relação às compras e aos pagamentos pela Internet? É algo que já se habituou a fazer?Não faço mas apenas porque ainda não me iniciei a fazê-las. Tenho Internet mas nunca aderi a esse tipo de serviços. É talvez um pouco por insegurança mas também um pouco por preguiça.O que é que faz falta em Vialonga?O Parque Urbano da Flamenga é prioritário. Para além disso, faz muita falta o novo quartel dos bombeiros, as piscinas, uma escola secundária… Fazem sobretudo falta equipamentos de lazer com qualidade e que dignifiquem a freguesia.Prefere ler os jornais em papel ou na Internet?A Internet já me tirou o hábito de ler os jornais em papel. Nunca fui grande leitor de jornais e desde que tenho Internet ainda menos. Mesmo os jornais regionais, é pela Internet que os leio.Qual é a sua opinião em relação às touradas?Não sou contra as touradas mas também não sou insensível ao sofrimento do touro. Quando assisto, estou sempre a torcer pelo touro. Admiro muito o trabalho dos forcados. Aí torço por eles.E a tradição dos santos populares, diz-lhe alguma coisa?Este ano fui às marchas, já lá não ia há dez anos. Ainda ontem comprei um CD de marchas mas não é nada que me apaixone. Passo bem sem elas mas é um evento cultural com larga tradição no nosso país.O que é que lhe ocupa os tempos livres?Praticamente não os tenho. Quando há algum tempo livre aproveito para estar com a minha esposa e com o resto da família que são as pessoas que mais gostam de nós e com quem, muitas vezes, acabamos por passar menos tempo. Gosto sobretudo de passear.Que figura convidava para um jantar?Não consigo escolher apenas uma. Tenho muitas personalidades que admiro, algumas até que já morreram. Individualizar um é esquecer todos os outros. Acho que fazia um jantar de grupo com todos. Mas pagavam eles.
Daniel Dias

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