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Atendimento na Caixa Geral de Depósitos do Cartaxo

De cada vez que vou tratar de algum assunto aos balcões da Caixa Geral de Depósitos (CGD) situada na Rua Batalhoz do Cartaxo, saio de lá arrasado dos nervos. Entre amigos, costumo comparar aquele balcão da CGD com uma mercearia antiga, onde todos se conhecem e onde não falta sequer, como antigamente, a caderneta. E depois o longo tempo que os funcionários levam a falar com os clientes ou tratar de qualquer assunto relacionado com as referidas cadernetas. E eu a secar, à espera!Esta situação mantém-se desde que, contra a minha vontade, passei automaticamente, e sem nada me perguntarem (!), a ser mais um cliente da CGD. E o mesmo certamente aconteceu com todos os antigos clientes do Banco Nacional Ultramarino (BNU), que de um momento para o outro, foram transferidos para a CGD. Já foi há uns anos, mas continuo insatisfeito, e com razões para tal. Começando pelo relacionamento cliente/funcionário/banco que nada a tem a ver com aquele que estava habituado no BNU. Dizem-me que é por a CGD ter mais clientes. Pois então metam mais funcionários, digo eu. Há cerca de meio milhão de desempregados no País, não é verdade?Já aconteceu estar largos minutos em filas de espera que chegavam à rua! E foi precisamente quando comentava estas situações junto de alguns amigos, que fui interrompido por um sujeito (mais tarde vim a saber tratar-se do próprio gerente do banco), que me disse por estas palavras: “Admira-me o senhor, que me parece uma pessoa moderna e actualizada, ainda perder tempo em filas para fazer depósitos na CGD. Porque não recorre à caixa automática?”. Pois meu caro amigo, respondi eu: “por mim até aceito a sugestão e poderia perfeitamente fazê-lo. Mas agora vá dizer isso aos velhinhos que vêm, por exemplo, dos Casais D’ Além ou da Maçussa fazer os seus depósitos, para que o façam através das caixas automáticas. É que o senhor esquece-se que o Cartaxo, embora seja hoje uma cidade e esteja perto da Capital, está situado, e ainda bem, na província, e na província as pessoas ainda gostam de ver a quem entregam o seu dinheirinho. “Deitar o meu dinheiro, ganho com tanto suor, numa máquina, sem ninguém o contar, isso nunca”, dizem eles.Ora perante esta realidade, o que eu sugiro é que se melhorem os serviços nos balcões da CGD no Cartaxo. Para tal bastaria reforçar o número de pessoal de atendimento e de caixas, para evitar as longas filas de pessoas à espera de serem atendidas! E já agora, para não ter que levar sempre com pessoas a meter o nariz na minha vida, sugiro que, a exemplo de outros bancos, se instale o sistema das senhas numeradas, ou então mandem pintar uma simples linha no chão, delimitando a distância entre as pessoas e o balcão, onde só deve ser atendida uma pessoa de cada vez. Volto a dizer que um banco não é uma mercearia. Todos temos direito à nossa privacidade!Arlindo Dos Santos - Cartaxo

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