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Triângulo entre Abrantes, Tomar e Torres Novas dá lugar a “constelação” de cidades do Médio Tejo

Augusto Mateus concebeu plano estratégico para a sub-região
O professor universitário Augusto Mateus defende a criação de “uma grande agência regional, com legitimidade política democrática”, que ficará responsável pela montagem dos investimentos do Médio Tejo no âmbito do próximo Quadro de Referência Estratégica Nacional. Uma espécie de “cérebro” a quem cabe a tarefa de planear, no espaço e no tempo, a concretização dos projectos de investimento e das estratégias a adoptar. “Deverá ser constituída uma entidade que não faça mas seja responsável por mandar fazer”, defende o autor do plano estratégico da Comunidade Urbana do Médio Tejo (CUMT) para os próximos anos. Um plano, apresentado na última assembleia da CUMT, que não traz grandes novidades e cujos projectos concretos só serão publicamente conhecidos depois do Verão.A primeira coisa que salta à vista neste novo plano é a mudança de estratégia relativamente à importância dada às maiores cidades da região. O célebre triângulo estratégico Abrantes/Tomar/Torres Novas cai para dar lugar a uma “constelação de cidades”, que se pretende venha a ser considerada como uma cidade média com cerca de cem mil pessoas. É baseada nesta “constelação” que serão feitos os projectos de investimento candidatáveis aos dinheiros de Bruxelas.Projectos que envolverão sempre mais que um município. “Neste QREN não há espaço para fazer projectos isolados”, referiu Augusto Mateus aos deputados da CUMT, na assembleia onde o estudo foi apresentado. Sem especificar que projectos, o professor universitário deu como exemplos da nova filosofia a união entre Entroncamento e Torres Novas ou entre Tomar e Ferreira do Zêzere para concretização de investimentos em equipamentos. Além destes, há ainda os chamados projectos concelhios de relevância regional. “São projectos de investimento que apesar de serem realizados num dado concelho têm uma importância que abrange os municípios vizinhos” explicitou o autor do plano, lembrando que neste âmbito, os municípios devem pôr de parte o conceito “das capelinhas”.O plano estratégico de investimento para o Médio Tejo baseia-se em quatro eixos prioritários: a construção efectiva de uma cidade média à escala nacional, competitividade económica com a criação de plataformas logísticas e parques empresariais de nova geração (os tradicionais “estão obsoletos”; valorização dos recursos naturais, com forte aposta no verde (a floresta) e no azul (os rios) e, por último, “mas não menos importante”, a aposta numa educação básica de excelência, com a constituição de uma carta educativa regional e parcerias publico-privadas para construção de um modelo educativo fortemente baseado nas tecnologias de informação.

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