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Fabuloso Manuel Serra d’Aire

É prodigiosa a rapidez com que os autarcas da Golegã reagem e tomam decisões. Um autêntico caso de estudo num país onde os políticos são acusados de engonhar e encanar a perna à rã quando se trata de decidir. A assembleia municipal, por exemplo, conseguiu na última sessão despachar seis pontos da ordem de trabalhos em 5 minutos. Ouviste bem, 5 minutos. Não fosse a anacrónica e patusca leitura da acta da sessão anterior, que consumiu preciosos 30 minutos aos práticos autarcas, e provavelmente tinha sido batido o recorde do mundo nessa modalidade.Dias depois desta incrível façanha, o executivo camarário não se quis ficar atrás e não levou mais que uma dúzia de horas a reagir a uma notícia saída em O MIRANTE online. Com um engenho e arte de causar inveja a todos os outros autarcas do país e estrangeiro, os cinco elementos do executivo goleganense redigiram e assinaram uma carta speedy gonzaliana que deixou aturdidos todos aqueles que já não acreditavam na celeridade e sentido pragmático da nossa administração local.Para além da rapidez vertiginosa na execução e expedição do citado esclarecimento, há ainda a destacar o seu conteúdo pelos conceitos inovadores na interpretação dos factos que se passam à nossa volta. Rebobinando: os autarcas da Golegã aprovaram um voto de “protesto de lamento” pela “ausência de atitude” do presidente da Junta de Azinhaga na resolução de um problema no mercado dessa freguesia. Ora houve logo um sacana de um jornalista que interpretou a coisa como sendo mais um conflito entre o executivo municipal de Veiga Maltez e o seu ex-vice-presidente Vítor Guia, agora rei da Azinhaga. Uma falta de atenção jornalística imperdoável e que obviamente mereceu essa pertinente chamada de atenção do executivo da Golegã. Como qualquer eventual leitor desta pecaminosa página sabe, um protesto de lamento, um lamento de protesto, ou seja lá o que for, não significa a existência de qualquer conflito. Eu, por exemplo, quando ouço dizer que os sindicatos estão na rua em protesto contra a política do Governo, imagino logo o primeiro-ministro e o líder da Intersindical de braço dado em plena rua em harmoniosa cavaqueira. Longe de mim pensar que há um conflito… Mas o que se há-de fazer? Tenho esta visão lata das coisas. E afinal não sou o único. E mesmo quando o presidente da Junta de Azinhaga diz que “a câmara tem andado preocupada em afrontar o presidente da junta” e que “ainda não digeriu a (sua) vitória nas últimas eleições” longe de nós pensar que isso significa a existência de qualquer contenda. Trata-se apenas de simples cumprimentos e trocas de piropos muito usuais por aquelas bandas. Nada mais do que isso…Outro exemplo de mistificação da realidade aconteceu domingo na inauguração da ponte da Lezíria entre Benavente e o Carregado. Primeiro houve uma inauguração oficial com o primeiro-ministro e outra malta engravatada e só mais tarde começou a festa popular com artistas musicais. Houve logo as habituais línguas manhosas que disseram que José Sócrates não se quis misturar com o povo, com medo de ouvir das boas, como aconteceu em Abrantes. Ora bem, mais uma vez esta leitura é falaciosa. E merecia inclusivamente mais uma carta do executivo da Câmara da Golegã. Afinal de contas, ao que soube, o nosso primeiro estava apenas com medo de ouvir o José Cid. O que é perfeitamente razoável…Saudações estivais do Serafim das Neves

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