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Primeiro presidente da União Desportiva de Santarém disponível para liderar clube

Disponibilidade do coronel Rogério Soares foi comunicada ao presidente da assembleia-geral por carta

O primeiro presidente e um dos fundadores da União Desportiva de Santarém, está disponível para liderar o clube se forem cumpridas com três condições prévias e disponha de uma base de apoio de 100 sócios com direito a voto.

O coronel Rogério Soares defende a necessidade imperiosa de um plano de emergência para o saneamento económico-financeiro para reestruturação do clube. E que esse plano tenha uma base de apoio expressa no mínimo de 100 associados com direito e voto, que também se mostrem disponíveis para assumir cargos para os quais sejam convidados. A disponibilidade de Rogério Soares vem “desde sempre”, como o próprio sublinha, mas surge através de carta enviada ao presidente da assembleia-geral do clube antes do jantar que, quinta-feira, reuniu cerca de 25 ex-dirigentes e pessoas ligadas ao União de Santarém desde 1993, que à mesa discutiram o futuro da União. José Miguel Noras, Albino Maria e Carlos Rodrigues foram alguns dos elementos presentes.“O principal tema foi a questão da dívida fiscal e a necessidade de rediscutir com as Finanças o plano de pagamento desse dívida. Mas apesar desse grande obstáculo foi consensual de que o clube não deve fechar”, refere a O MIRANTE o presidente da assembleia-geral, Nuno Cardigos. Quanto a uma solução directiva, nada saiu de novo do jantar, no momento em que o clube tem marcada para sexta-feira, pelas 21h30, no salão dos Bombeiros Voluntários de Santarém, a continuação da assembleia electiva, depois de outras três reuniões magnas já realizadas onde não se apresentaram elementos disponíveis para formar órgãos sociais ou uma comissão administrativa.Cinco vezes presidente do U. Santarém até 1990 e com mais três mandatos como vice-presidente, Rogério Soares diz que a posição expressa em carta é conhecida desde que saiu do clube em 1990. Descarta, por isso, a participação em jantares ou iniciativas de apoio, onde pensa que devem ter a palavra o concelho municipal de desporto, câmara e governo civil, e devem participar os elementos ligados à gestão do clube nos últimos 17 anos. Período durante o qual e face à presente dívida fiscal “quase insolúvel”, considera que se cometeram “gravíssimos erros de gestão praticados por corpos gerentes”. Além do facto de o União de Santarém não dispor de sede social, campo próprio ou estruturas de apoio.O coronel entende que há muitas personalidades que nos últimos 17 anos geriram o clube que podem e devem assumir essa responsabilidade no actual momento de dificuldade, a maioria dos quais políticos da praça. Alerta ainda para o facto de U. Santarém ter sido criado a 22 de Agosto de 1969, fruto da dinâmica gerada sob égide do presidente da câmara e governador civil de então. E que essas instituições não se podem alhear de encontrar uma solução para o clube no momento actual.Câmara vai tratar União em péde igualdade com os demais clubes O vereador com o pelouro do desporto na autarquia, que ajudou a promover e participou no jantar de quinta-feira, remete para os órgãos do clube as suas decisões formais. Ramiro Matos (PSD) diz que o objectivo do jantar foi tentar discutir soluções de futuro e que isso foi conseguido. Quanto à posição da autarquia face aos problemas do União de Santarém o vereador lembra que a função da câmara é financiar os planos de desenvolvimento desportivo dos clubes na área da formação de jovens e fomentar o encontro de vontades. “As competências das autarquias estão bem estabelecidas na lei e sabemos os processos que correm na justiça devido aos financiamentos de câmaras a clubes”, recorda o autarca. Que adianta que à semelhança de outros emblemas, já foi solicitado ao União de Santarém que apresente o resumo da época para saber se foi cumprido o protocolo.A mesma “justiça relativa”, garante, será assegurada na utilização das instalações municipais, após a conclusão do novo complexo desportivo, consoante os planos de actividades apresentados pelos clubes da cidade.Recorde-se que o União de Santarém tem uma dívida fiscal de cerca de 323 mil euros o que tem contribuído para que não apareçam listas candidatas aos órgãos sociais ou sequer elementos disponíveis para formar uma comissão administrativa. Bruno Torre foi presidente do clube nos últimos dois anos mas entendeu não se candidatar a novo mandato.

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