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cástico Serafim das Neves

Peço-te contenção. Moderação. Não te alambazes no descascanço aos nossos queridos políticos. Como diria o Obelix para os seus companheiros gauleses, enquanto corriam todos, desalmadamente, em direcção a um qualquer regimento de romanos a fim de os desancar: guarda alguns para mim, por favor! Compreendo que te apeteça zurzir aqueles amores que pairam, como aromas de flores exóticas, entre a Golegã e a Azinhaga. Mas pensa nos famélicos como eu que nem sempre apanham nacos tão apetecíveis para se banquetearem.Realmente, mal vai o jornalismo quando se atreve a inventar conflitos onde reina a paz e a concórdia. Onde se adivinham ardentes ósculos e amplexos. Só a má-língua do código pasquim de que falava o Rui Veloso é que poderia acender tal ignomínia. Veiga Maltêz e Victor Guia desavindos?!! Ai valha-nos Deus!! Dois homens que são unha com carne. Dois autarcas que são mais irmãos que os próprios irmãos. Razão tem o nosso amado ministro Santos Silva quando nos atira às trombas a nova legislação para a Comunicação Social, bramando contra o “jornalismo de sarjeta” e brandindo como um crucifixo vade-retro, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social. Quem nos tem vindo visitar com regularidade é o Engº Sócrates. E de cada vez que aqui vem é um “must”, ou seja, um acontecimento imperdível. E não sei se já reparaste que as deslocações do nosso primeiro-ministro não são ao acaso. Elas seguem um fio condutor. No caso o fio condutor é o Tejo. Primeiro o açude insuflável de Abrantes. Há uma semana a ponte da Lezíria. Ou eu me engano muito ou vem aí o anúncio de mais uma obra tipo Ota ou TGV. Tu por acaso reparaste no secretário de Estado Jorge Lacão?!! Viste como ele estava com a carinha na água?!!! Claro que viste. Não te ia escapar uma coisa assim. Um observador atento como tu já percebeu que nos arriscamos a ter, mais dia, menos dia, o anúncio solene da regularização do Tejo. Jorge Lacão não é homem de esquecer promessas feitas ao povo. É certo que ele já anunciou a regularização há mais de doze anos. Também é certo que antes dele não houve cão nem gato que não fizesse o mesmo. Acho que a coisa vem do tempo de D. João II, pelo menos. Mas com este Governo estou convencido que é uma questão de tempo. O país é pequeno. Os dossiers estruturantes (gostei desta) e os assuntos fracturantes (estou em grande forma no politiquês) não abundam. Se a discussão da Ota ou do TGV começarem outra vez a dar para o torto…pimba, anuncia-se a regularização do Tejo e já está. Durante meses vão ser debates, estudos, declarações, audições parlamentares…ufa, tremo de exaltação só de pensar no que aí pode vir.Para não perder o balanço termino com política e com água. Que tema melhor para estes dias de calor. Em Tomar a receita é igual à do resto do país. Quando não há mais nada para falar, volta-se à Fonte Cibernética. Ao fim de meses de algum marasmo a cena local voltou a agitar-se quando o presidente da câmara anunciou obras no mamarracho. Caiu o Carmo e a Trindade, como costumava dizer a minha avó. Durante anos andou toda a gente a dizer que aquilo era uma merda e que não funcionava. Agora que o homem decidiu dar razão às queixas e vai mandar arranjar o fontanário, está tudo aos saltos porque se vai gastar dinheiro. Tttsssss…tttssss…tttssss….Um abraço on the rocks do Manuel Serra d’Aire

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