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Chegou a polícia antes do assalto

Tocou o alarme. A montra tinha-se partido e o dono do estabelecimento comercial dirigiu-se, de imediato, ao local.Ele ficou impressionado. E pensou: “a polícia é mesmo eficiente. Chegou a viatura policial antes de mim”.Afinal, não se tratara de nenhum assalto.Uma agente policial estacionara o veículo de serviço em cima do passeio, mesmo em frente a uma montra.Quando regressou, esqueceu-se de desengatar a alavanca de mudanças. Como a primeira velocidade se encontrava activada, ao accionar a ignição, a viatura deslocou-se para a frente, elevando-se, indo abaixo de imediato.O diabo é que o automóvel embateu contra a montra e quebrou-a. Aquilo ainda é coisa para custar uns milhares de euros, a que se soma o pagamento de um serviço de urgência. O estabelecimento não pode ficar assim aberto ao dispor dos assaltantes.Estivesse a senhora a conduzir a sua viatura particular não haveria problema algum. Ela participaria o acidente à companhia de seguros e esta assumiria o pagamento da indemnização respectiva.Tratando-se de um veículo policial, este não dispõe de seguro.Havendo algum acidente, o próprio Estado assegura o pagamento dos prejuízos.Se o condutor for culpado do acidente, o Estado exige-lhe a reposição do respectivo valor.Ou seja: no final de contas, seria a agente policial a arcar com a despesa à custa do seu próprio bolso.Era de noite.Pouca gente assistira ao acidente.Os populares que entretanto acorreram ao local também não eram em grande número.De modo que o comerciante disse à senhora:- Deixe estar. Eu digo que cheguei cá e não estava aqui ninguém. Tenho seguro contra roubo. Eles pagam-me a colocação do novo vidro.Este caso real, ocorrido não há muito tempo, tem servido de exemplo nas Faculdades de Direito, para debate nas aulas.*Juiz

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