O último fim-de-semana do mês de Julho é sempre de festa em Vila Chã de Ourique, Cartaxo. Este ano, de 27 a 31 deste mês a Comissão de Festas da terra, Os Cinquentões, apresenta um cartaz para os festejos em honra do Senhor Jesus dos Aflitos mais preenchido do que em outros anos. O concerto de Paulo Gonzo é o ponto alto mas, para além da habitual animação nocturna com os concertos, a organização apostou forte em actividades diárias com as colectividades da vila.Todos os anos, os naturais ou residentes de Vila Chã de Ourique que comemorem 50 anos, são responsáveis pela organização da festa, formando um grupo denominado Os Cinquentões. É uma tradição que se cumpre há catorze anos embora tenha havido ultimamente “alguma dificuldade em conseguir que as pessoas mantenham esse costume, porque é uma coisa que requer alguma disponibilidade”, de acordo com Carlos Ribeiro, vice-presidente da Comissão. Ainda assim, a festa, em preparação desde domingo da última festa, dia em que é passado o testemunho para os próximos cinquentões, mantém-se e é das mais apelativas do concelho do Cartaxo. Este ano um dos cinquentões é José Eduardo Carvalho, presidente da Nersant, natural da vila.Os pontos altos da festa são, na sexta-feira, a actuação de Edna Pimenta e Bambaiana, um espectáculo a pensar na comunidade brasileira residente na vila. No sábado, uma tarde desportiva de perícia automóvel termina com o concerto de Paulo Gonzo, por apenas cinco euros, e da banda local, Geração XXI. A manhã de domingo é marcada pelas comemorações da batalha de Ourique, que contam com a presença de um historiador para explicar a versão que defende ter sido ali o palco da batalha. A noite é animada pelo artista Rui Bandeira. A segunda-feira não dispensa o tradicional almoço de cozido à portuguesa e à noite o espectáculo da orquestra espanhola D'Tacón. As festividades terminam na terça-feira com a segunda edição do Saramaga Rock com bandas convidadas e o DJ António Freitas da Antena 3 e Sic Radical. Para além disto as procissões, fogo de artifício, leilão de fogaças, folclore, cavalhadas, provas desportivas, entre outros, completam o evento.As festas de Vila Chã registaram um aumento de afluência desde que, em 2002, foi construído o pavilhão onde são agora servidas as refeições. “Chegamos a servir 500 a 600 refeiçõe por dia”, contabiliza Júlio Costa, presidente da Comissão. Por esta altura definem-se os últimos pormenores e estão a terminar as obras no palco principal, que foi aumentado, para poder corresponder às exigências de alguns artistas.