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Estóico Manuel Serra d’Aire

Estóico Manuel Serra d’Aire

Os mais desconfiados podem pensar que é mania de perseguição, bairrismo exacerbado ou fixação paranóica a minha apetência recente para escrever sobre acontecimentos que têm como palco a aldeia de Azinhaga e a vila da Golegã. Nada disso! Só escrevo porque por aquelas bandas se dão espantosos acontecimentos que merecem chegar ao conhecimento público. O mérito pois a quem o tem. Já que não é todos os dias que um jovem casal é apontado como tendo chegado a vias de facto dentro da piscina municipal de Azinhaga, perante olhares curiosos (uns) e chocados (outros) de alguns banhistas. Marmelada ao vivo na piscina é um acontecimento que merece ser registado.Ando aliás desconfiado que os acontecimentos fenomenais do eixo Fátima/Meia Via/Entroncamento estão a transferir-se para a zona da Golegã. Até porque a história não se ficou pelo alegado atentado ao pudor. Um banhista mais escrupuloso, em vez de comer (salvo seja) e calar, como um bom mirone faria, decidiu pedir o livro de reclamações na piscina porque não gostou do que viu. Só que na piscina não havia livro de reclamações. O mais próximo estava a umas boas braçadas de distância, na piscina municipal da Golegã. Para cúmulo, o queixoso quis apresentar queixa na GNR da Golegã mas não havia ninguém disponível para a receber. Chegados aqui há algumas reflexões a fazer. A primeira é: que andava o queixoso a fazer de olhos bem abertos debaixo de água se nas piscinas não se pratica caça submarina? Em segundo lugar: onde é que esse homem pensa que vive para exigir um livro de reclamações e ainda por cima numa piscina? Na Dinamarca, na Noruega, na Suécia? Em terceiro e cúmulo dos cúmulos: como é que se pode ter a lata de querer apresentar queixa às autoridades num sábado à tarde se tem tantos dias de semana ao longo de seis meses para o fazer? Atribulado Manel, por falar em autoridades é urgente que alguém mande investigar a misteriosa extinção dos jovens socialistas na Lezíria do Tejo. Uma coisa digna dos Ficheiros Secretos já que não há memória de não haver um exemplar de Santarém, Almeirim, Benavente, Cartaxo ou Alpiarça numa comissão política distrital da JS que leva mais gente que um autocarro de dois andares.Estranho, não é? Será que a rapaziada da lezíria decidiu dedicar-se aos toiros, aos copos e às gajas e mandar a política bugiar. Se assim foi fizeram muito bem. Pelo menos a curto prazo. Embora daqui a uns anos se possam arrepender de atitude tão irreflectida. Porque a militância numa juventude partidária vale mais que um canudo e é o trampolim mais valioso para muito tacho. Só quando se começa a trabalhar no duro e se olha para o lado e se vê a rapaziada que vai coçando a micose na administração (é um eufemismo, obviamente!) pública é que se topa o erro de percurso. Claro que daí até dar cabeçadas nas paredes e maldizer os tempos em que se andou na borga quando se devia estar a debater moções na sede do partido é um ápice. Um abraço do Serafim das Neves
Estóico Manuel Serra d’Aire

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