O presidente da Câmara de Coruche diz que o essencial para o concelho é encontrar uma solução para a expansão da Zona Industrial do Monte da Barca (ZIMB), independentemente de se chamar expansão da zona industrial ou parque de negócios. E revelou que nas negociações com a Misericórdia de Coruche ambas as partes já cederam nas suas pretensões iniciais mas ainda não se alcançou um acordo para compra de um terreno para esse fim. Segundo Dionísio Mendes (PS), câmara e Misericórdia estão “condenados ao entendimento”, a bem da riqueza que poderá daí advir para o concelho. O edil respondia assim a O MIRANTE a propósito das críticas lançadas na última assembleia municipal por deputados de PSD e CDU acerca do desconhecimento do negócio que vai sendo dirimido entre autarquia e Misericórdia de Coruche. Colocaram ainda dúvidas quanto à solução a encontrar, dado que o Governo pondera a construção do novo aeroporto de Lisboa na Ota ou em Alcochete. Sendo esta opção bem mais favorável aos interesses do concelho.Para o edil de Coruche essa decisão governamental terá mais implicações do ponto de vista urbanístico e de potencial de construção no concelho do que em termos industriais. “Temos necessidade de um espaço industrial com 45/50 hectares seja onde for o aeroporto. E, mais importante que isso, é a conclusão do IC 13 e do IC 10. Chamar-se zona industrial ou parque de negócios não é relevante”, referiu o autarca. Recorde-se no entanto que na assembleia municipal extraordinária de 29 de Novembro de 2006, o autarca afirmou que a câmara preferia expandir a ZIMB em detrimento da criação de um parque de negócios no concelho. Como os que estão preconizados para Santarém, Cartaxo, Ourém, Torres Novas e Rio Maior - com a criação de valências diversas de lazer, restauração e industriais. E que essa seria uma opção mais cara para os interessados em investir e menos interessante por ficar longe da Ota, na altura a hipótese mais falada para construção do aeroporto.