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CDU de Coruche sugere que comissão de festas do concelho foi politizada

Os vereadores da CDU na Câmara de Coruche contestaram na última reunião do executivo municipal o timing do adiantamento de 50 mil euros atribuído à comissão de festas de Nossa Senhora do Castelo que só há cerca de um mês ficou definida e quando se está a um mês dos festejos. Apesar disso apenas o vereador da CDU, Isidro Catarino, se absteve. Os restantes eleitos da CDU e do PS votaram a favor da proposta. Os autarcas da coligação liderada pelos comunistas deixaram no ar que um vereador do PS efectuou convites para que elementos do partido assumissem a liderança da comissão de festas que até há um mês não tinha presidente. Recorde-se que a comissão tem como líder o vogal do PS na assembleia municipal e anterior presidente da concelhia rosa, Filipe Justino. “Com esta comissão chegámos ao fundo e é uma farsa”, acrescentou António Soares. O vereador da CDU afirmou ainda que mais que comissão de festas se trata de uma comissão de gestão, sendo impossível desenvolver todos os contactos e fazer um programa condizente a um mês do início das festas. Salienta ainda que a câmara possui meios técnicos e recursos humanos suficientes para organizar os festejos sem ser em cima do joelho. “Aprovo a atribuição de subsídio mas contrariado, só para não criar problemas na engrenagem. Mas para o ano chumbarei qualquer proposta idêntica se não houver comissão formada a seis meses das festas”, assegurou o vereador. António Soares foi coadjuvado pelo colega de bancada, Ricardo Raposo, que afirmou que não existe uma comissão que integralmente organize as festas, sendo a câmara a entidade promotora de “forma encoberta” com a atribuição de subsídios.Refutando todas as críticas, o presidente da Câmara de Coruche, Dionísio Mendes (PS), lembra que uma das ideias da sua candidatura em 2001 foi que houvesse uma associação a organizar as festas com apoio logístico e monetário da autarquia e deixasse de haver uma organização municipal, “modelo da CDU”. O autarca justificou que o adiantamento de 50 mil euros – 50 por cento do valor do subsídio para a comissão de festas – servirá para fazer face aos trabalhos iniciais da comissão e que o restante será atribuído consoante as actividades desenvolvidas e apresentadas à autarquia. “Enquanto eu for presidente acabou o tempo das festas municipais, com funcionários da câmara, quadros da CDU, a organizarem-nas”, salientou o autarca. Acrescenta que não é função da câmara imiscuir-se nas decisões de associações de pleno direito como é uma comissão de festas.Presente na reunião de câmara, o líder da comissão de festas lembrou que antes da actual função foi presidente da assembleia-geral e que fez tudo para encontrar uma pessoa disponível para presidir à comissão. “Tive de assumir este processo porque o tempo ia passando sem soluções. Além de militante do PS sou cidadão de Coruche e membro da assembleia municipal, tenho todo o direito a exercer o cargo na comissão de festas”, comentou Filipe Justino. Lembrou que além dos 100 mil euros previstos no orçamento da câmara para 2007, a comissão vai ter de angariar entre empresas, patrocínios, aluguer de tasquinhas e outros financiamentos, mais de 77 mil euros.

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