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“Socialistas de Vila Franca de Xira atacam Presidente da Assembleia Municipal e Deputado do PS”

João Carlos Gaspar*Ao tomar conhecimento, pela leitura de O MIRANTE de 18/07/2007, de algumas posições e afirmações que terão sido produzidas na Assembleia de Freguesia de Vila Franca de Xira, realizada no dia 11/07/2007, não posso deixar de repudiar as acusações ali vinculadas e que tentam pôr em causa a minha imparcialidade na condução dos trabalhos da Assembleia Municipal, realizada no dia anterior, 10/07/2007, no tocante à discussão do Ponto 1 da Ordem de Trabalhos (Petição Enviada à Assembleia da República (n.º 363/X/2.ª) para a Integração do Mouchão da Póvoa na Área Territorial da Freguesia da Póvoa de Santa Iria).Só a provável paixão política, que o calor do bairrismo evidencia, pode julgar com tanta ligeireza e desta forma, aquilo que foi a preocupação constante da Mesa da Assembleia Municipal, e concretamente do seu Presidente, para que a discussão deste ponto melindroso decorresse com a maior elevação possível, o que aconteceu, como o provam os consensos alcançados relativamente ao desenvolvimento do processo em causa.Apesar de tentar compreender as razões que assistem as ambas as partes, a fazer fé na notícia de O MIRANTE, não posso deixar de evidenciar o espírito de intolerância manifestado na citada Assembleia de Freguesia de Vila Franca de Xira, que em nada contribui para a credibilização do nosso regime democrático, sempre posto em causa quando a emotividade substitui a racionalidade.O cerne desta questão tem a ver com o respeito que se deve ter pela participação dos cidadãos nas decisões que lhes dizem respeito, pois quanto maior for essa participação, mais credibilidade tem a acção política.Assim, quem defende o aprofundamento da Democracia participativa não pode tentar ignorar uma Petição, assinada por mais de 5000 eleitores, goste-se ou não dos objectivos nela contidos.É aqui que se distinguem aqueles cujo espírito democrático se traduz na tolerância e na abertura ao debate sereno e lúcido das questões, que conduzirão à tomada das decisões mais justas e adequadas, distintamente dos que rejeitam liminarmente os pontos de vista alheios, extremando posições que são sempre castradoras do diálogo, mesmo quando disfarçadas com a agitação de fantasmas naturalmente inexistentes.A minha postura política e concretamente o meu trabalho autárquico ao longo das últimas três décadas são conhecidos, pelo que não deixarei que tentem fazer de mim “bode expiatório” nesta questão, ou ponham em causa o meu inquestionável direito à liberdade de opinião e expressão, que neste caso particular nem sequer existiu, bem como não aceito as acusações infundadas que tentam pôr em causa a minha idoneidade e isenção, ou ainda condicionar o desempenho das funções para que fui eleito.Neste contexto, e quanto à matéria que dá origem a estas palavras, os que me conhecem sabem, e todos podem ter a certeza, que não quebrei, nem quebrarei, os meus deveres institucionais de isenção e equidistância, incluindo as que advêm do exercício das minhas funções de Presidente da Assembleia Municipal, mas também não abdicarei dos meus direitos individuais de cidadania, na altura e nos lugares próprios, se para o efeito for chamado a pronunciar-me.PS: Sobre este lamentável episódio, e à guisa de último e mais penoso desabafo, não posso deixar de manifestar a minha mágoa e decepção pelas acusações de que sou alvo por parte de uns, e pelas omissões de outros, por quem nutro estima e cuja reciprocidade julgava merecer.* Presidente da Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira

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