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Vereador critica eleitos da Assembleia Municipal do Cartaxo que são avençados da câmara

Vereador critica eleitos da Assembleia Municipal do Cartaxo que são avençados da câmara

Autarca comunista diz que estão em causa questões de incompatibilidade e de ética
O vereador da CDU na Câmara do Cartaxo denunciou o que considera serem casos de falta de ética política protagonizados pelos eleitos do PS na assembleia municipal, Fernando Ramos e Marco Caetano, que prestam serviços remunerados ao município. Fernando Ramos é presidente da Junta de Vale da Pinta e por inerência tem lugar na assembleia municipal, acumulando funções na protecção civil municipal na ligação entre câmara e bombeiros. Marco Caetano é deputado municipal do PS e tem prestado serviços à Câmara do Cartaxo como engenheiro electrotécnico através de uma empresa unipessoal, na manutenção e conservação de equipamentos e de sistemas eléctricos das estações de tratamento de águas residuais (ETAR) do concelho.Mário Júlio Reis questionou na reunião do executivo de segunda-feira o motivo pelo qual os nomes dos dois eleitos socialistas figuravam na rubrica de pagamentos efectuados tendo auferido, respectivamente, valores de 1.270 euros e 1.512 euros. O autarca da CDU diz que os visados podem estar a cair numa situação de incompatibilidade. “Que a ética funcione neste caso como funcionou noutros de contornos semelhantes”, sugeriu. O vereador referia-se aos casos de José Arruda e de Elias Rodrigues, respectivamente, chefe de gabinete e secretário de Paulo Caldas, que também exerciam mandatos como deputados municipais pelo PS neste mandato e que acabaram por renunciar aos cargos autárquicos por questões éticas (ver caixa). Na resposta, o presidente da câmara Paulo Caldas (PS) reconheceu que ambos os eleitos prestavam serviços remunerados à câmara e que no caso de Marco Caetano tinha sido contratada a sua sociedade unipessoal. “Não estão em causa questões no plano da legalidade mas situações de análise da ética das relações”, admitiu, sem no entanto considerar catalogar a própria acção da câmara. Referiu ainda que existem elementos do PSD que também se encontram nessa situação, ainda que sem referir nomes. A O MIRANTE Fernando Ramos lembrou que após a saída do anterior comandante de bombeiros do Cartaxo, com quem abandonou solidariamente a estrutura onde era ajudante de comando, foi convidado para um cargo na protecção civil municipal de ligação com o comando da corporação. “Entendo que o que conta nesta situação é o trabalho que tenho feito em prol do concelho, com levantamento de situações, notificação de proprietários, registos fotográficos, inventariação de bocas de incêndio, tudo em viatura própria. Mas o meu superior é que poderá falar do meu trabalho”, salientou o autarca. O MIRANTE tentou falar com Marco Caetano mas tal não foi possível até ao fecho desta edição.
Vereador critica eleitos da Assembleia Municipal do Cartaxo que são avençados da câmara

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