Disputado sob um calor sufocante o jogo acabou por ser jogado numa toada lenta e teve poucas oportunidades de golo. A Selecção da Índia composta por jogadores profissionais que têm vindo a efectuar vários jogos na Europa, tendo em vista a participação na Taça ONGC, que se disputa em finais de Agosto, e onde vai defrontar a Síria, Irão, Bangladesh e Kirguistão, não mostrou grandes atributos é nitidamente uma equipa da cauda do futebol mundial.Assim, apenas com 10 dias de trabalho, o Monsanto que milita na terceira divisão nacional, acabou por mostrar maior potencial e dar garantias ao seu treinador de que pode vir a ter equipa para lutar pelos lugares de subida à segunda divisão nacional.Embora jogando com equipas bem diferentes nas duas partes do jogo, o técnico Vítor Alves deve ter gostado do que viu. Os jogadores entregaram-se à luta com vontade e criaram meia dúzia de bons lances de futebol.Numa e noutra parte a defesa mostrou-se segura, Pedro Nobre mostrou mesmo uma forma apreciável. Os guarda-redes Nuno Martins e Pedro Miguel deram confiança, os meios campos estiveram muito activos, ainda lhes falta ritmo e temporização da posse de bola, mas Moleiro, Pedro Fazenda e João Martins mostraram que sabem jogar. Na frente há soluções, Carlitos e Milá, mostraram credenciais, e Amadeu a jogar muito recuado, ainda está longe da forma ideal.Vítor Alves está à procura do onze ideal, utilizou todos os jogadores disponíveis, mas tirou informações preciosas deste jogo. A equipa vai ser forte a jogar pelas laterais e conta com dois pontas de lança que de certeza vão dar grandes dores de cabeça às defesas das equipas com que irão jogar.Um grupo unido e coeso para honrar a camisola No final do jogo, Vítor Alves era um treinador satisfeito. “Estou satisfeito com a resposta fantástica dada pelos jogadores, estamos a treinar há 10 dias e a aposta tem sido em grandes cargas físicas, a acrescentar a isso tivemos ainda o calor que se fez sentir, por isso quando trabalhamos com dificuldades acrescidas e a resposta foi a que tivemos, só podemos estar satisfeitos”.Foi um trabalho mais próximo daquilo que é um jogo de futebol a valer pontos, e ajudou a dar ritmo e a criar rotinas. “Também nesse campo a resposta dos jogadores foi positiva. Deu para ver que a nossa tentativa de equilibrar mais a equipa está a ser conseguida, ainda vamos ter que trabalhar muito mas as indicações dadas pelos reforços e pelos jogadores que já cá estavam, são muito boas”, admitiu o treinador.O que Vítor Alves não aceita é que a sua equipa seja considerada a grande favorita no campeonato. “Não conhecemos os plantéis dos nossos adversários, não nos consideramos favoritos, estamos a trabalhar para tornar o clube mais forte a todos os níveis. Estamos no bom caminho, mas é sempre possível melhorar cada vez mais. Acredito que podemos ir longe, mas para já vamos mesmo é trabalhar muito”, garantiu Vítor Alves.O objectivo é lutar pelos primeiros lugares, quem conhece Vítor Alves sabe que é um treinador que não foge às suas responsabilidades, por isso não foi de admirar a sua resposta à pergunta se o Monsanto é ou não uma equipa para lutar pela subida. “A mensagem que passo aos jogadores é a de que é possível fazer sempre mais e melhor, não tenho dúvida nenhuma de que se eles continuarem a trabalhar como o têm feito, teremos equipa para lutar pela subida, vamos ter uma equipa forte, garanto que se nós vamos ter que contar com outras equipas, vão ter também que contar com o Monsanto para a luta pela subida”.