uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

Ribombante Serafim das Neves

Nunca tinha olhado para o presidente da Câmara de Santarém como um potencial suicida mas depois de ouvir dizer que quem se atreve a andar de bicicleta em Portugal arrisca a vida a cada pedalada, passei a olhar para ele com mais atenção. Aquela mirada cáustica perpendicular ao guiador, o gingar quase rufia da sua pasteleira, a forma desprendida como observa os músculos das pernas das munícipes de mini-saia, as chicuelinas que faz à frente dos autocarros da Rodoviária do Tejo… Serafim, acho que o Moita Flores quer liquidar o autarca que há em si. Acabar com ele no fim do mandato. Tirá-lo de cena ao fim deste primeiro capítulo municipal. O ano passado Moita Flores escreveu a Fúria das Vinhas. Este ano, se escrever nas férias, só pode sair qualquer coisa como a Pedalada das Grainhas ou O Entardecer dos Taninos. Tu não me digas que não estás a ver o filme todo!!? A Ferreirinha também pode entrar. Por mim ela pode entrar sempre. Por exemplo a passar de Caleche a caminho das Quintas do Cartaxo a acenar ao ciclista com um lenço bordado numa mão e um cigarro aceso na outra. Ufa…este calor está a empapar-me a imaginação. O Eça na Correspondência de Fradique Mendes pôs o outro a dizer que estava de ananases. Eu sigo na mesma linha. Está de bananas! De bananas, meu caro!!Quem não vai em bananadas é o Paulo Caldas, o presidente do Cartaxo. Quem se atravessa no seu caminho é feito em papa. Papa de banana se for caso disso. Assim que veio o estudo da CIP a sugerir o novo aeroporto em Alcochete o Paulo Caldas prometeu resposta através de um “dossier explosivo” sobre a Ota. Vai rebentar em Setembro, como sabes. Quando o Pedro Ribeiro anunciou que se candidatava a manda chuva da concelhia do PS, acusou-o de alta-traição. Não foi de média, nem de baixa. Foi logo de alta. Quando o homem fala até a barraca abana, como diriam os Malucos do Riso. Assim é que eu gosto deles. Uma garganta ribombante não faz um político mas ajuda muito. A história está cheia de exemplos.Mas nem todos trovejam como o Caldas. Fiquei desiludido com a entrevista do cartunista de Vila Franca de Xira, o António. Esperava mais dele, acredita. Não é por nada mas não gostei daquela tentativa de intelectualizar a Festa Brava. Eu sei que há o Hemingway, o Picasso, o Frederico Garcia Lorca. E que em Vila Franca as grandes discussões filosóficas desfalecem por velhas barbearias, moribundas mercearias e quiosques de lotaria popular, mas o António não me atire para cá com o Álvaro Guerra que eu não engulo essa. Os personagens dos livros do Álvaro Guerra também não intectualizavam grande coisa. Aquilo era de macho para cima. Cornos era um ror deles mas a poesia escasseava. Marialvismo a cheirar a cavalo que até relinchava. Pessoal do peido e coice, como manda a cartilha. O António diz que quando foi para Lisboa se atirou ao mulherio como gato a bofe. Ora bem, não foi para lá discutir psicologia, pois claro. E por acaso não foi ele que ensinou ao Guerra aquela máxima que vem no livro “Café Central” sobre a relação existente entre a grossura das pernas das mulheres e a forma como se portam na cama?? Como era mesmo? Perna fina…grossa?!! Saudações machistóides doManuel Serra d’Aire

Mais Notícias

    A carregar...