António Calado e Domingos Godinho são, respectivamente, tesoureiro e secretário das festas de 2007. Tal como o juiz deste ano também eles ficaram surpreendidos quando souberam que iam ser festeiros embora soubessem que, um dia, havia de lhes calhar. “Praticamente todos temos que desempenhar este papel. Já ajudei em algumas comissões e este ano calhou-me”, conta Domingos Godinho, divertido.Ambos consideram que foi um ano complicado e, acima de tudo, muito trabalhoso onde foi necessário sacrificar muitas horas em detrimento da companhia da família de modo a conseguirem organizar cinco dias de festas dos quais se podem orgulhar. “É bom perceber que fizemos um bom trabalho e correu tudo bem. Estamos no bom caminho à imagem de anos anteriores”, refere António Calado.Apesar dos problemas que foram surgindo ao longo do ano, por mais pequenos que fossem, foram sempre ultrapassados graças ao bom entendimento entre os três festeiros. “É importante haver empatia entre os festeiros e isso, felizmente, aconteceu. Há sempre discórdias mas com calma e muita tolerância tudo se consegue”, adianta Domingos Godinho, antigo jogador de futebol e actual treinador.Para António Calado, um ex- forcado dos Amadores de Lisboa, o que vai guardar para sempre na memória deste ano em que desempenhou o cargo de tesoureiro foi as amizades que construiu. “Tive oportunidade de estreitar amizades com pessoas com quem não tinha grande lidação. Ganhei dois companheiros e também dois amigos”, diz, referindo-se aos colegas que com ele organizaram as festas de 2007.Tanto o juiz como o tesoureiro e o secretário têm agora que escolher alguém para os substituir na sua função. Os três confessam que ainda não escolheram os seus substitutos mas já têm umas ideias. “Tem que ser alguém responsável, que dê valor a esta tradição e possa no próximo ano organizar uma grande festa em honra de Nossa Senhora da Paz”, afirma o secretário deste ano que, dentro de uma semana, termina o seu mandato.