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31 anos do jornal o Mirante

Cândida Tavares

30 anos, administrativa, Vila Nova da Rainha (Azambuja)

“O político tem que ter várias caras, maneiras de ser e não mostra aquilo que sente. Não tenho jeito para andar a vender a banha da cobra…”

Que país gostava de conhecer?Uma viagem de sonho seria a Cuba. É um país que me atrai pelo clima, pela água, pelo ambiente tropical. Seria sobretudo uma viagem de lazer. Para relaxar… Foi votar no último referendo sobre o aborto?Fui e votei não. Não concordo porque acho que hoje em dia já existem muitos métodos para prevenir a gravidez e acho que não é justo. Mas é claro que fica ao critério de cada um e na consciência de cada um. Como é óbvio. Só dei a minha opinião.Porque é que as pessoas têm cada vez menos filhos?Questões económicas, falta de tempo, stress, trabalho e cansaço. Acho que é basicamente por isso. Não há tempo para ter filhos e provavelmente para criá-los da maneira mais correcta. Sem stress e sem pressas. O que a repugna mais?A nível mundial a falta de saúde, a guerra, a hipocrisia. Há muita gente demasiado rica e muita gente demasiado pobre. Está tudo muito mal distribuído. Quais são as suas leituras habituais?Gosto de ler os jornais e as revistas cor-de-rosa. Normalmente só tenho tempo para ler as gordas. Mas vejo quase todos a imprensa até por questões profissionais. Na época de Verão que prato cozinha mais?Saladas. Costumo fazer uma em que misturo uma montanha de legumes com atum ou queijo. E tempero com azeite e vinagre. O marido e os filhos que são mais gulosos é que põem maionese. Seria capaz de se candidatar a um cargo político?Não! Não acho que tenha jeito para isso. Acho que o político tem que ter várias caras, maneiras de ser e não mostra aquilo que sente. Se estou triste estou triste, se estou contente estou contente. E não estou disposta a alterar a minha maneira de estar. E também não tenho jeito para andar a vender a banha da cobra… Não é uma ideia necessariamente má. Para se ser político tem que se saber cativar o público e acho que não tenho jeito para isso. De uma maneira geral as pessoas têm má ideia dos políticos…Acho que estão a fazer o papel deles. Para o líder do PS o seu partido é o melhor. Mas o PSD também acha que sim. Cabe às pessoas decidir o que querem. Há quem tenha vocação para a política. Eu vivo muito em função da minha família. Vivo para os meus filhos e tento ser tudo para eles. Por vezes até me esqueço de mim. Estou sempre relegada para segundo plano, mas não me queixo (risos)…Porque existem poucas mulheres bombeiras nos cargos de comando?Talvez por serem mães de família. Acho que ainda existe um bocadinho de machismo por parte de alguns homens: ‘deixa estar que eu faço porque tenho mais força…” Ainda não estão bem sensibilizados para o poder que as mulheres têm. Acho que elas fazem tanto como eles. No que diz respeito à força é capaz de ser um bocadinho diferente, mas a nível intelectual acho que são muito superiores aos homens (risos)…

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