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Nuno Vicente e Miguel Arrobas ligam Lagos a Portimão em menos uma hora que o previsto

Nuno Vicente e Miguel Arrobas ligam Lagos a Portimão em menos uma hora que o previsto

Os dois nadadores que se propõem fazer a travessia do Canal da Mancha foram acompanhados por mais cinco companheiros, foram ajudados pelo vento e tiveram o sol como principal inimigo
Os sete nadadores que, domingo, ligaram Lagos a Portimão a nadar completaram os 16,5 quilómetros ao longo da costa em três horas e 24 minutos, menos uma hora do que tinham previsto por terem nadado a favor do vento.     De acordo com o ribatejano Nuno Vicente - que, com Miguel Arrobas, pretende ligar a nado as duas margens do canal da mancha dentro de um ano -, o forte vento noroeste acabou por beneficiar o desempenho do grupo, apesar da grande ondulação. “Ontem (sábado) supusemos que o vento ia ser um obstáculo, mas acabou por mudar durante a noite e ajudou-nos”, concretizou.Por outro lado, garantiu Nuno Vicente, a temperatura também não foi um obstáculo à concretização da prova, já que os termómetros marcavam 20 a 21 graus, isto é, um pouco mais do que os nadadores tinham previsto.    Uma vez que os nadadores não usam fatos térmicos, os principais obstáculos deste tipo de provas são o frio das águas e as consequentes cãibras, mas no caso de domingo o principal inimigo foi o sol. “Chegámos ao fim com as costas queimadas”, disse Nuno Vicente, sublinhando que a prova decorreu no período solar mais perigoso, entre as 13h30 e as 16h54.    Os dois nadadores que querem igualar a proeza de Baptista Pereira, o único português que até hoje atravessou o Canal da Mancha a nado, há já meio século, farão nova prova de preparação dentro de duas semanas, a 18 de Agosto, nadando entre a Lagoa de Santo André e a praia Vasco da Gama, no porto de Sines. “Será a maior ligação que já fizemos, num total de 26 quilómetros”, disse Nuno Vicente, recordando que a ligação entre o sul da Grã-Bretanha e o norte de França terá 34 quilómetros.Na preparação para o canal da Mancha, os dois nadadores já ligaram a Madeira às ilhas Desertas do arquipélago, numa distância de 25,5 quilómetros, completada em Agosto de 2006, que constituiu a maior distância percorrida até ao momento.Em Maio do mesmo ano, os dois nadadores desceram o rio Tejo entre Alhandra e o Parque das Nações, em Lisboa, para meses depois, em Outubro, participarem numa prova competitiva de 11 quilómetros em Castelo do Bode.    A preparação para a Mancha teve mais uma prova em 7 de Junho deste ano, com a travessia Berlengas-Peniche, na distância de 15,5 quilómetros. A prova de domingo decorreu por etapas de cerca de meia hora cada e, nos intervalos, os nadadores ingeriram bebidas fortificantes e alimentos calóricos em forma de gel.    Além dos sete nadadores que chegaram "em linha" à marina de Portimão, outros dois nadadores - que não faziam parte do grupo inicialmente previsto, mas que Nuno Vicente definiu como “amigos” - completaram a prova meia hora mais tarde, com o tempo de três horas e cinquenta de dois minutos.    Miguel Arrobas, que além de nadador é jurista, fez parte da equipa portuguesa nos Jogos Olímpicos de Barcelona em 1992, enquanto Nuno Vicente, engenheiro civil, foi campeão de "Masters" em águas abertas, em 2005, na cidade sueca de Estocolmo.
Nuno Vicente e Miguel Arrobas ligam Lagos a Portimão em menos uma hora que o previsto

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