Sempre que pode, ao fim da tarde e ao fim de semana, Diamantino Diogo, troca o fato por uma roupa velha, pega no tractor ou na enxada e cuida da terra. O juiz da Irmandade encontra ali o bálsamo para aliviar o stress acumulado pelas várias funções que tem.O advogado de 65 anos preside à direcção da Caixa de Crédito Agrícola de Coruche e é administrador executivo da fábrica de transformação de Beterraba Sacarina (DAI) que ajudou a atrair para Coruche e que emprega 300 pessoas.Diamantino da Silva Diogo ainda tem na memória um problema de saúde que ultrapassou e procura ter cuidado com o que come e bebe e com o que faz. Pratica natação e anda a pé atrás das galinhas e dos patos na quinta com dois hectares. O gestor gosta de estar com a família e sempre que pode dá uns passeios.Vive a situação do Desportivo “O Coruchense” com tristeza porque é o clube da sua terra e não gosta de o ver por baixo. O Sporting dá-lhe alegrias. Confessa que não é fanático, mas sofre com o desempenho dos leões.Diamantino Diogo é um homem respeitado na terra. Veste fato clássico, não dispensa a gravata, anda num bom carro, e é tratado por doutor. O jurista que começou a estudar já com bons anos de trabalho e acabou o curso aos 38 anos, gosta de mordomias, mas é afável e cria facilmente empatia. “Apesar de ser um homem muito exigente”, revela um colaborador. O juiz da Irmandade diz que foi a sua forma de estar vertical que o fez deixar a presidência da Caixa Central do Crédito Agrícola que geria o sistema que integra a maioria das unidades do país. Diamantino Diogo é o presidente da Assembleia Geral do Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA) de Santarém, é director do Lar de São José e integra a comissão responsável pela gestão da praça de toiros. No seu gabinete de trabalho há uma foto onde o grupo de forcados da terra lhe brinda uma pega.Esteve ligado à política e aceitou ser candidato a deputado pelo PSD. Não foi eleito e nunca ocupou o lugar, apesar de ter pedido para ser deputado por um dia. “Gostava de lá ter passado”, conclui.