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“Ó Gentes da Nossa Terra” é tema do cortejo de 2007

“Ó Gentes da Nossa Terra” é tema do cortejo de 2007

Nas carpintarias e serralharias da Câmara de Coruche, na Zona Industrial do Monte da Barca, acelera-se o ritmo de construção de alguns dos 25 carros que vão desfilar nas ruas da vila durante o cortejo etnográfico e do trabalho, no Dia do Campino, 17 de Agosto, sexta-feira, feriado municipal.Em cima de reboques de tractores montam-se e pintam-se os cenários para retratar o tema deste ano, “Ó Gentes da Nossa Terra”. Casas típicas, réplicas da vila, como o imóvel na praça da Liberdade onde antigamente se pagavam os aforamentos, explica Maria do Castelo, responsável pela logística do cortejo.Cada uma das oito freguesias vai levar ao público os seus usos e costumes. Da Branca vem a imagem do pagamento do aforamento na vila, da construção de cabanas e recriações das cearas ao quinto. A Fajarda representa os movimentos migratórios, as azeitonadas, da freguesia para a região de Santarém a partir da estação de caminho de ferro da Agolada. A saída sazonal dos trabalhadores para as vindimas em Almeirim, é o retrato escolhido para representar a Lamarosa, ao passo que o Couço terá duas localidades a desfilar. Pela vila sede de freguesia ver-se-á a história do Monte do Peso nos anos 40 e 50, os ranchos do Couço, Pombal e Brotas que trabalhavam nos arrozais e as cantigas que ajudavam a passar o tempo. De Santa Justa virá o retrato de famílias inteiras, de avós, filhos e netos, em peso no trabalho dos campos de arroz.O retrato do dia de trabalho na Erra começa com a praça de trabalho, a saída para o campo, deixando os filhos com os avós. E, por fim, a lida da casa ao final do dia. A vida do ganhão e da sua família, a forma como ganhava o seu direito a comprar um pedaço de terra e a trabalhar na herdade, é o tema da freguesia do Biscainho.De Santana do Mato virá o trabalho nas diferentes estações do ano, desde a desmatação, à ceifa do trigo e às tiradas da cortiça. A vivência da vila de Coruche, sede de concelho, será a das casas abastadas. Em que as empregadas e cozinheiras vinham do norte para servir os grandes senhores, ourives deslocavam-se para mostrar os seus trabalhos, as peixeiras vendiam areia para arear os tachos e lavadeiras carregavam trouxas de roupa para o Sorraia, descreve Maria do Castelo.Conduzidos pela banda da Sociedade de Instrução Coruchense, campinos irão conduzir jogos de cabrestos por um percurso pela vila. Atrás irão charretes, carroças e outros populares que fazem questão de integrar o cortejo, que começa às 11 horas e deve durar até depois da uma da tarde.Do parque do Sorraia o cortejo seguirá pelas ruas do Couço, dos Bombeiros Municipais, de Santarém, de S. Francisco, praça da Liberdade, ruas Direita, Santo António, Luís de Camões, 5 de Outubro e de regresso ao parque do Sorraia. Ao todo prevê-se que sejam cerca de 500 pessoas a desfilar com campinos de quase todas as casas agrícolas do Ribatejo.
“Ó Gentes da Nossa Terra” é tema do cortejo de 2007

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