
Faltou o perfume francês na Corrida da Mulher em Salvaterra
Cavaleira gaulesa Patrícia Pelen substituída pela jovem Ana Rita
Longe de ser um espectáculo de eleição, a corrida valeu pela emoção na arena e nas bancadas. Os toiros não colaboraram com as cavaleiras.
A ausência da cavaleira francesa Patrícia Pelen e a mansidão de alguns dos toiros e novilhos prejudicaram uma noite de festa em Salvaterra de Magos com uma casa quase cheia para assistir à III Corrida da Mulher. Ana Batista, cavaleira da terra, foi a triunfadora da noite. Horas depois de ter terminado uma corrida na Póvoa do Varzim, Ana lidou três toiros com mestria. Um esforço acrescido devido à substituição de Patrícia Pelen. A cavaleira de Salvaterra estreou uma casaca azul celeste que , pelo seu encanto, não passou despercebida.Coube à portuguesa Ana Rita substituir a amazona gaulesa. A jovem de Azambuja acusou o nervosismo que a responsabilidade da corrida lhe colocou sobre os ombros e não teve sorte no exemplar que lhe calhou. A organização justificou a substituição com um acidente sofrido pela amazona francesa e expôs um atestado médico junto das bilheteiras. Mesmo assim não evitou os protestos do público com alguns a insinuarem que as razões da ausência eram outras.Do México veio a rejoneadora Mónica Serrano. Uma jovem bonita, com arte equestre que alternou alguns ferros de qualidade com outros mais precipitados.A cavaleira Isabel Ramos lidou com coragem e arrojo um toiro de Herdeiros de Brito Paes. Com as indicações de Rui Fernandes na teia, a jovem logrou excelentes ferros e rapidamente chegou às bancadas com pedidos de música.Os três grupos de forcados tiveram uma noite tranquila. Os rapazes da casa mereceram as maiores ovações depois das pegas rijas de Pedro Viegas e Pedro Silva. Francisco Mira e Nuno Batista foram os forcados da cara nos amadores de Lisboa e Rui Batista (à 2.ª) e Ruben de Figueiredo confirmaram a qualidade do grupo de Alcochete. Só foi pena que uma das pegas não tenha sido concretizada à primeira tentativa.A corrida foi abrilhantada pela banda dos Bombeiros Voluntários de Salvaterra de Magos dirigida pelo jovem maestro Daniel Manuel que preparou um repertório de passodobles que contagiou o público.No intervalo, todos os artistas e a Misericórdia de Salvaterra prestaram homenagem a Teresa Ramalho “Tareca”, conceituada actriz, figura das novelas, nascida em Salvaterra. A homenageada, esposa do ganadero João Ramalho e mãe do actor Tozé Martinho, é uma aficionada e emocionou-se com o momento e com a reacção do público.José Tinoca dirigiu a corrida com a mestria que se reconhece e revelou alguma tolerância na gestão dos tempos de lide.

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