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Manel da Nana luta pela sobrevivência da tradição das cavalhadas em Vialonga

Manel da Nana luta pela sobrevivência da tradição das cavalhadas em Vialonga

Cavaleiro mais antigo da freguesia foi homenageado numa recriação medieval integrada na festa

As cavalhadas recriam as tradições medievais que testavam a perícia e pontaria dos cavaleiros. Manuel Nunes, 73 anos, é um entusiasta da competição.

Manuel Nunes “Manel da Nana”, natural de Vialonga, dedicou a vida inteira à sua paixão pelos cavalos. Hoje com 73 anos, a sua maior preocupação é não deixar acabar a tradição das Cavalhadas na sua freguesia. Os seus dias são passados na terra que nunca abandonou, a cuidar da sua horta na Granja e dos seus quatro cavalos. “Foi sempre assim e há-de ser assim enquanto for vivo”, garante. O cavaleiro mais antigo de Vialonga foi homenageado no passado domingo, no final do evento que juntou dezenas de cavaleiros, pela sua dedicação aos cavalos.As cavalhadas são uma recriação que evoca as tradições medievais dos cavaleiros. Dois a dois, empunhando uma lança, os cavaleiros percorrem uma recta passando por um pórtico com um alvo. O objectivo é que cada cavaleiro consiga acertar com a lança no alvo. Cada um tem direito a dez corridas e, por cada vez que acertam no alvo, os cavaleiros em Vialonga foram presenteados com uma garrafa de vinho de reserva. A tradição dita que as ofertas sejam galinhas ou patos mas, como explicou um dos bombeiros responsáveis pela organização, Paulo Figueiredo, “por causa das doenças que hoje em dia existem, não se fez assim”. A várzea de Vialonga acolheu, assim, na tarde do último domingo, um torneio diferente. No evento inscreveram-se cavaleiros de vários pontos do país, com especial incidência na zona do Ribatejo. “Manel da Nana” foi o concorrente mais aplaudido da tarde.O evento, inserido no calendário das festas da freguesia, já antes se tinha realizado mas foi interrompido durante dois anos por falta de apoios à organização. Os bombeiros nunca desistiram e este ano conseguiram recolher os fundos necessários. “Nunca deixei acabar isto”, garante “Manel da Nana” que acrescenta ainda estar “muito satisfeito” com a adesão dos mais jovens à iniciativa. “Também tenho dois filhos aqui a competir hoje”, frisa. As cavalhadas começaram duas horas mais tarde do que o previsto, devido ao calor, mas nem isso demoveu as várias dezenas de pessoas que assistiram ao evento e aplaudiram os cavaleiros.
Manel da Nana luta pela sobrevivência da tradição das cavalhadas em Vialonga

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