uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

Analistas estão divididos relativamente a possível descida das taxas de juro

Uma subida da taxa de juro de referência por parte do Banco Central Europeu (BCE) em Setembro não está fora de questão, defendem analistas do grupo ING, enquanto os da Ibersecurities afirmam que essa subida não vai acontecer. O BCE voltou na segunda-feira, pela terceira vez, a injectar dinheiro no sistema financeiro num total de 203,7 mil milhões de euros, numa tentativa de assegurar a liquidez dos mercados financeiros e contrariar a crise que se vive no mercado de crédito hipotecário dos Estados Unidos.“A injecção implica que o BCE não vai subir as taxas de juro em Setembro e que se pode esperar, pelo menos, um corte em 0,25 pontos percentuais nas taxas dos Estados Unidos”, referem os analistas do Ibersecurities, do Grupo Banco Sabadell, numa nota de “research”. “A continuação da subida das taxas de juro por parte do BCE não fará sentido”, acrescentam quando se referem às consequências desta injecção de dinheiro a médio prazo. “Simultaneamente, um corte das taxas de juro, em Setembro, nos Estados Unidos está praticamente assegurada e provavelmente uma subida mínima em Outubro”, acrescentam.Já os analistas do ING acreditam que o BCE vai continuar a sua politica de subida das taxas de juro. O ING considera que este iminente esmagamento do mercado de crédito norte-americano vai induzir a Reserva Federal e o BCE a evitarem “afrouxar” a politica monetária. “Esperamos que a Reserva Federal mantenha a sua taxa nos 5,25 por cento e acreditamos que o BCE vai continuar o processo de aperto”, referem. “A antecipação do mercado num possível corte das taxas de juro nos Estados Unidos antes do final do ano será defraudada”, afirmam.Relativamente ao BCE, os analistas afirmam que o banco vai continuar com a sua rigorosa politica monetária. “Mais do que um presidente do BCE tem mantido claro que não só os preços dos bens e serviços que os preocupam, mas o crescimento do crédito tem de ser também monitorizado de perto”, refere o ING. “A menos que as perspectivas de crescimento não sejam afectadas, não há razão para esperar que o BCE se desvie dos seus objectivos de rigor (mais 0,25 pontos percentuais em Setembro e mais 0,25 pontos percentuais no final do ano)”, concluem.

Mais Notícias

    A carregar...