Artistas vestiram-se na jaula dos toiros
Numa das primeiras festas em que participou, em 1960, Sérgio Perilhão recorda um espectáculo com um elenco do Ritz Club de Lisboa no depósito de material agrícola da Companhia das Lezírias em Samora Correia. A comissão limpou o celeiro e montou uma sala “a preceito”, mas esqueceu-se do camarim para os artistas. À própria da hora, o arquitecto Roque Farinha, coordenador da comissão, foi confrontado com a lacuna e não foi de cerimónias. “Virou-se para mim e disse: aquelas jaulas lá ao fundo têm bois dentro?”, recorda Sérgio Perilhão. Como as jaulas estavam vazias, foi lá que o elenco do Ritz mudou de roupa suportando o cheiro das bostas dos animais. Sérgio Perilhão ficou um pouco envergonhado com a situação, mas apresentou a festa. O espectáculo rendeu uns bons cobres que deram para comprar uma porta lateral para a igreja e um clarinete para a banda da terra.
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