Sérgio Nunes Perilhão nasceu em Samora Correia há 61 anos e é um dos mais profundos conhecedores das tradições ribatejanas associadas ao toiro, ao cavalo e ao campino. Filho de Casimiro Perilhão, um nobre campino, Sérgio manteve desde criança o contacto com o campo e com as festas tradicionais. Aluno do Colégio Sousa Martins, em Vila Franca de Xira, concluiu os estudos liceais com a ajuda dos tios que o acolheram em casa e de uma bolsa do município vilafranquense.Gestor de profissão, completou a licenciatura em gestão com quase 50 anos, mas o canudo não vale mais que a sabedoria da vida que foi conquistando aos poucos nas vivências com os mais velhos. “Estamos sempre a aprender e procuro estar sempre actualizado”, refere o homem que tem dedicado parte da sua vida a defender causas públicas em várias associações.Investigador da história da sua terra e da região, gosta de escrever e todos os meses assina um texto na revista Novo Burladero. A crítica taurina foi posta de lado, apesar de ser um crítico activo da festa brava e frequentador assíduo das praças portuguesas e espanholas.Sérgio Perilhão realizou um dos mais completos programas de toiros, na Rádio Íris que ajudou a fundar na década de 80, quando esteve ligado ao fenómeno das rádios locais. Confessa que está desiludido com o rumo que as rádios tomaram perdendo o sentido de serviço público e a missão de aproximar as comunidades locais. Outra desilusão é a política. Sérgio Perilhão foi candidato à presidência da Câmara de Benavente, mas só conseguiu ser vereador. Jurou que nunca mais voltaria a ser candidato. “Não sou capaz de ser político”, conclui.