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“O povo de Amiais de Baixo é especial”

Sente que Amiais de Baixo é uma comunidade especial?Sim, muito especial. Há que respeitar a religiosidade deles, que é muito especial. Se para nós o ser católico geralmente se define por ir ou não ir à missa, talvez ali tenhamos que nos reger por outra avaliação.Conseguiu adaptar-se facilmente? Uma pessoa de futebol em Amiais de Baixo não tem dificuldades em adaptar-se. Quase toda a gente tem um bom relacionamento com o futebol. E a partir do futebol é muito fácil criar as amizades. Foi assim que fiz desde o princípio para entrar no mundo deles e lidar facilmente com eles. Claro que há outras formas de lidar com eles, sobretudo na Igreja, e aí há que ter um bocadinho em conta os hábitos e as tradições. Isso não se muda de um dia para o outro.Já se sente também um pouco amiense?Sinto-me bem no meio deles. São meus amigos, respeitam-me muito e eu faço igual. Praticamente nunca nos atropelamos.Vai continuar por lá mais uns anos?Penso que sim. Prefiro trabalhar num meio assim do que num meio tradicionalmente cristão, onde às vezes encontramos outras dificuldades.Que género de dificuldades?Às vezes aparecem aquelas pessoas voltadas para o beato, que querem as coisas a seu gosto e querem que o padre seja mandatário delas. E em Amiais as pessoas não são complicadas. Gerir à distância as paróquias de Amiais de Baixo e Abrã não tem inconvenientes?Tem alguns, sobretudo é longe e a deslocação é sempre um inconveniente.Vai lá todos os dias?Quase. Não preciso de lá ir todos os dias. O trabalho normalmente nas paróquias é ao fim de semana. O que por vezes perturba um bocadinho a minha presença no futebol. Praticamente só estou de 15 em 15 dias quando o clube joga em casa.

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