Fersant associa-se à gastronomia e abandona concertos musicais
Certame realiza-se em Torres Novas e é o principal encontro anual das empresas da região
A XVIII edição da Fersant – Feira Empresarial da Região de Santarém regista, este ano, uma subida do número de expositores, contrariando o decréscimo de participações que tem obtido nas últimas edições. “É a maior feira desde 2002”, referiu António Campos, presidente da comissão executiva da Associação Empresarial da Região de Santarém (Nersant), na conferência de imprensa de apresentação do certame que decorreu sexta-feira. O evento, que decorre de 14 a 23 de Setembro em Torres Novas, conta com a participação de 108 expositores em 167 módulos. São mais 51 representantes do que na edição de 2006. Em 2002, o ano de referência, a feira atingiu 243 expositores. A Fersant tem como objectivo promover o tecido empresarial e a capacidade económica da região. É o principal encontro anual das empresas do distrito. A maior participação deste ano “poderá ser um sinal de que as empresas estão a voltar a apostar na promoção”, diz António Campos. Mas na análise do dirigente da Nersant, a melhoria do clima económico é o “principal factor” para o aumento do número de participantes no certame. A Fersant vai integrar, este ano, a V Mostra de Gastronomia dos Templários, resultante de uma parceria estabelecida entre a Nersant e a RTT – Região de Turismo dos Templários (que inclui municípios do Médio Tejo e do Pinhal do Interior). A mostra, que não se realizava desde 2002 por dificuldades financeiras, integra cinco restaurantes, sete adegas, trinta artesãos e dez expositores de entidades ligadas ao turismo. Sopa de bacalhau, polvo em cama de migas, arroz de pato da Avó Maria, sável com açorda, couve à D. Prior ou maranhos são algumas das especialidades que os representantes da restauração de Torres Novas, Tomar, Mação, Sardoal e Sertã vão dar a provar aos visitantes da Fersant. Para o presidente da região de turismo, Jorge Neves, o objectivo de ter 5 ou 6 restaurantes na mostra gastronómica deste ano está cumprido. “Só faz falta quem cá está”, acrescenta António Campos. A comida será regada com o vinho produzido nas regiões de Tomar, Torres Novas e da Sertã. “Entendemos que é uma boa oportunidade para mostrar os nossos melhores produtos. Para mostrar que aqui come-se bem e bebe-se melhor!”, sublinha o líder da RTT. Além da gastronomia, a região de turismo propõe-se também mostrar o artesanato local e algumas das associações ligadas ao turismo que operam na região. No total, o investimento na organização da mostra templária cifra-se nos 40 mil euros. Um dinheiro que Jorge Neves espera venha a dar resultados – “o tempo o dirá”.Governo presente nos semináriosA edição da Fersant deste ano integra a realização de diversos seminários, onde se destacam as presenças de alguns membros do governo. É o caso da ministra da Educação que presidirá ao seminário de dia 20 sobre “Empreendedorismo e Qualificação de Recursos Humanos”. Maria de Lurdes Rodrigues presidirá a sessão de entrega dos prémios do projecto Iniciativ@. No dia 17, realiza-se um seminário sobre "Internacionalização das empresas" e uma sessão intitulada "Globalização dos Mercados: quais as respostas das empresas e dos territórios face a este fenómeno", com apresentação de casos práticos. No dia 18, será debatido o tema "Turismo no Valtejo” e no dia 21 será a vez da "Responsabilidade social nas empresas".Dia 19 será feito um balanço do programa comunitário EDDT, desenvolvido durante 40 meses em parceria com as regiões da Toscânia (Itália) e da Haute Provence (França), e que permitiu a criação de dois clusters na região, um ligado ao móvel e outro ao turismo em espaço rural. A sessão será presidida pelo secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Rui Baleiras. No dia 21 será realizado também o seminário sobre "Benefícios para as Empresas da Integração de Práticas de Responsabilidade Social", no âmbito do Projecto PRISMA, de que a NERSANT é entidade parceira.A organização espera um total de 20 mil visitantes, que só pagarão entrada de sexta-feira a domingo. Os bilhetes custam um euro. Nos restantes dias, as entradas são gratuitas. Este ano não haverá espectáculos musicais, ao contrário do que tem acontecido nos anos anteriores. Segundo António Campos da Nersant, o retorno dos concertos não compensa o investimento.
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