Um dia o palácio vem abaixo
Em frente ao Palácio de Pina Manique, na aldeia de Manique do Intendente, concelho de Azambuja, existem duas placas apelando aos conterrâneos e visitantes para que preservem o espaço do jardim e não pratiquem qualquer espécie de jogos no local. A Junta de Freguesia de Manique do Intendente, que mandou afixar os avisos, lembra ainda os populares que o espaço deve ser mantido limpo e portanto não deve ser utilizado como espaço de passeio de animais.Tendo em conta que as pedras continuam a soltar-se da fachada do palácio inacabado, a permanência nas redondezas não devia ser só condicionada aos animais irracionais, mas também aos próprios humanos. Quem arrisca percorrer o passeio pedonal à beira do Palácio arrisca-se a levar com um pedregulho de 30 quilos na cabeça. Semelhante aquela que se soltou de um lugar sobranceiro da fachada em Janeiro. Como se não bastasse, a igreja, erguida no interior do espaço - que ainda continua aberta ao público - vai pelo mesmo caminho, com pedras que já rolam pelas paredes do templo.Diogo Inácio da Pina Manique (1733-1805), homem de confiança do Marquês de Pombal, encetou em 1791 um projecto megalómano que nunca chegou a ser acabado e que acusa agora os sinais do tempo.
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