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O louvor na guerra colonial

António Júlio desempenhou durante alguns anos o papel de primeiro cabo Santos na guerra colonial. Foi mobilizado para a Guiné em 1961 e recebeu um louvor não por heroísmo em combate – era operador de rádio localização e não podia sair do quartel - mas pela dinamização de actividades culturais nos quartéis. Organizou e actuou em 14 espectáculos de teatro e variedades que ajudavam a levantar o moral das tropas e a fazer esquecer, nem que fosse por breves instantes, as agruras da guerra e da distância de casa.“Salienta-se o trabalho eficiente que levou a efeito na preparação de grupos de variedades actuando também como excelente figurante, grupos esses que realizaram vários espectáculos e que proporcionaram sem dúvida a toda a tropa momentos de muito agrado e mereceram palavras de elogio e apreço. O 1º Cabo Santos é pois digno de maior admiração e estima pessoal do Batalhão como tal é com justiça que mando publicar este louvor que muito merece”, lê-se no texto de louvor assinado pelo comandante do Batalhão de Caçadores.

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