O pároco beirão que encontrou a comunidade junto ao Tejo
Aos 12 anos o menino natural de Águas, Penamacor, distrito de Castelo Branco, rumou a Santarém para integrar o seminário. Voltou à cidade das portas do sol nove anos mais tarde como professor. Após passagem por Almada e Olivais para o curso filosófico e teológico que terminou em 1957. Tem 75 anos. Cinquenta dos quais dedicados ao sacerdócio. Comemora este ano o jubileu sacerdotal. A sessão solene está marcada para 21 de Outubro às 15h00 no Centro Paroquial de Azambuja.Foi director do colégio diocesano Andrade Corvo, em Torres Novas, que à época integrava a diocese de Lisboa e professor do curso do magistério primário que acumulava com as actividades da paróquia. “O sacerdócio não é um dom dado à pessoa para benefício próprio. É para servir a comunidade. É um dom de Deus. Que ele concede a quem chama. Sempre dentro da estrutura de uma comunidade”.João Canilho encontrou-a em Azambuja. Há 39 anos. Parte dos dias são passados no Convento de São Vicente de Fora, em Lisboa. É um dos três vigários gerais da diocese. Quando não está ao serviço do patriarcado centra-se no coração de Azambuja. No trabalho da paróquia e do Centro Social e Paroquial – obra social que ergueu há 12 anos. Apoia 250 crianças e 218 idosos em múltiplas valências. Sabe de cor os números de utentes. Enumera-os com a mesma facilidade com que cumprimenta os meninos do centro. Veste fato escuro e transporta uma pequena agenda no bolso, escrita meticulosamente fina e desenhada, para registar os compromissos do dia. A timidez fá-lo parecer distante, mas fala abertamente dos tabus e dos grandes males da sociedade. “Tenho consciência que a minha missão não pode estar circunscrita a obras que acaba por ser o mais fácil. O importante é construir comunidade”.
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